Mapa de confiabilidade: um método quantitativo para análise do grau de confiança nas reconstruções digitais de patrimônios históricos demolidos ou fortemente modificados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/gtp.v17i1.183924

Palavras-chave:

Patrimônio histórico, Iconografia, Mapa de confiabilidade, Reconstrução virtual

Resumo

O presente trabalho objetiva propor um “mapa de confiabilidade”: método quantitativo que visa informar o grau de confiança da reconstrução virtual de um cenário do passado, cuja reconstituição tenha partido, principalmente, de fotografias e mapas de épocas anteriores. O método proposto é dividido em duas partes: a primeira refere-se ao fluxo de produção do cenário 3D, que inclui a coleta de dados iconográficos e o cruzamento de mapas e fotos antigas, com vistas à modelagem tridimensional do ambiente, e a segunda parte, que diz respeito à utilização de um algoritmo (produzido no software @Rhino/plugin Grasshopper) que,  através das informações das fotografias, realiza  cálculos, cujo resultado é um mapa de calor que informa quais são as áreas que possuem maior ou menor grau de confiabilidade em relação às hipóteses do pesquisador sobre  o aspecto arquitetônico e urbanístico do local reconstruído. Por fim, como forma de demonstrar a metodologia quantitativa, aplicou-se o algoritmo em duas reconstruções virtuais que retratam épocas diferentes de um mesmo lugar. Escolheu-se como estudo de caso o Largo de Nazaré, localizado na cidade de Belém. A comparação dos resultados entre ambas as épocas mostrou que, apesar de se tratar da mesma área e das mesmas técnicas de reconstituição virtual, os mapas ajudaram a esclarecer onde cada maquete digital necessitou de maior ou menor grau de dedução, portanto, mostrou-se útil para auxiliar os leitores sobre quais partes são mais ou menos confiáveis em relação aos registros do passado.

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Biografia do Autor

  • Emerson Bruno de Oliveira Gomes, Universidade de Lisboa

    Doutorando em arquitetura na Universidade de Lisboa (Portugal), é arquiteto e urbanista (UFPA 2004), especialista em Gerenciamento e Gestão da Qualidade de Projeto (UFPA 2006) e mestre em Engenharia Civil (UFPA 2009). Possui mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de projetos públicos e privados. Atualmente é arquiteto do Ministério Público do Estado do Pará.

  • Talita Simão Luiz Araujo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Talita Simão Luiz Araujo. Nascida no ano de 1997, em Belém do Pará. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade da Amazônia (UNAMA) no ano de 2020. Mestranda no programa de Pós-Graduação em Urbanismo (PROURB) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FAU-UFRJ). Atualmente trabalha no Escritório de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo Simone Simão, em Belém. Tem experiência na elaboração de projetos de arquitetura e interiores.

  • Abner Simões Portilho Ferraz, Autônomo

    Abner Simões Portilho Ferraz. Nascido no ano de 1996, em Belém do Pará. Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade da Amazônia (UNAMA) no ano de 2020. Trabalha como autonomo. Tem experiência na elaboração de projetos de arquitetura e urbanismo.

  • Anna-Beatriz Bassalo Aflalo, Universidade da Amazônia

    Arquiteta e Urbanista, mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, especialista em Sustentabilidade do Espaço Construído pela Universidade Federal do Pará, doutoranda em Comunicação, Linguagens e Cultura na Universidade da Amazônia. Projetista autônoma atuante, Docente e coordenadora de curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade da Amazônia, Conselheira Regional no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do CAU/PA.

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Publicado

12-11-2021

Como Citar

GOMES, Emerson Bruno de Oliveira; ARAUJO, Talita Simão Luiz; FERRAZ, Abner Simões Portilho; AFLALO, Anna-Beatriz Bassalo. Mapa de confiabilidade: um método quantitativo para análise do grau de confiança nas reconstruções digitais de patrimônios históricos demolidos ou fortemente modificados. Gestão & Tecnologia de Projetos, São Carlos, v. 17, n. 1, p. 219–237, 2021. DOI: 10.11606/gtp.v17i1.183924. Disponível em: https://revistas.usp.br/gestaodeprojetos/article/view/183924.. Acesso em: 2 abr. 2025.