Modelos configuracionais para a avaliação da obesogenicidade em entornos urbanos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/gtp.v19i1.209856

Palavras-chave:

saúde urbana, análise de rede urbana, obesidade, sintaxe espacial

Resumo

Este trabalho investiga estratégias espaciais que, associadas ao sistema alimentar, permitem compreender a sinergia dos elementos e atividades relacionados à produção, processamento, distribuição, preparação e consumo de alimentos, levando em consideração o espaço urbano, processos, instituições, pessoas, insumos e infraestruturas. Para isso, recorremos ao método estudo de caso, no qual tomamos como referência a escolha de uma unidade para observação e análise, neste caso, o bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte/MG, dissertando sobre os dados utilizados, bem como suas operacionalizações. Por conseguinte, são expostos os resultados e discussão, a partir dos modelos gerados, aqui implementados com suporte das teorias configuracionais da sintaxe espacial e da análise de redes urbanas. Conclui-se que o ferramental demonstra eficiência na avaliação da extensão do problema abordado, destacando-se por sua capacidade intrínseca de integrar informações complexas em uma estrutura analítica coesa, fundamentando a compreensão dos fatores na formação de espaços obesogênicos.

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Biografia do Autor

  • Gustavo Henrique Campos de Faria, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (NPGAU) da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre (2020) em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PósARQ) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Arquiteto e Urbanista (2017) pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, com período sanduíche na University of Manitoba (UofM - Canadá).Pesquisador no Grupo de Pesquisa Computação Ambiental em Arquitetura e Urbanismo (CA_AU UFMG). Nesse contexto, busco desenvolver, catalogar, estudar e modelar sistemas que combinam espaço e computação, resultando em interfaces econômicas e intuitivas para as interações urbanas. Minha pesquisa tem repercussões nos avanços da modelagem da informação e no estudo de sistemas complexos. Trabalho para abordar questões contemporâneas, como acessibilidade, desigualdades sociais e saúde urbana, contribuindo para um arcabouço de informações sobre o ambiente construído que pode ser empregado na gestão dos espaços, na promoção de sua sustentabilidade e na mitigação de conflitos.Além disso, sou pesquisador colaborador do Grupo de Modelagem Avançada (GMA-UFSC), que se dedica à investigação de aspectos da computação aplicada ao planejamento, desenvolvimento e gestão do ambiente construído. Nesse grupo, minhas atividades estão voltadas para a compreensão dos impactos das novas mídias nas dinâmicas urbanas. Isso abrange desde a interação do usuário com o espaço público até a gestão da cidade por meio de mídias digitais, explorando como esses elementos influenciam o ensino e a prática de arquitetura e urbanismo.

  • Renato César Ferreira de Souza, Universidade Federal de Minas Gerais

    Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985), mestrado em Arquitetura pela mesma universidade (1998) e doutorado (Ph.D) em Arquitetura pela The University of Sheffield, Reino Unido (2008). Mestrou-se também em Post-Graduation Certificate on Higher Education (PCHE) no Reino Unido, reconhecido no Brasil como Mestrado em Educação Superior.

    Atualmente é professor Associado em dedicação exclusiva da UFMG. Credenciado no Programa de Pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo da EAUFMG (NPGAU) e leciona também no Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG.

    Suas áreas de interesse são a Arquitetura e o Urbanismo, com ênfase em Planejamento, Projeto do Espaço Urbano e Saúde Urbana. Igualmente dedica-se ao estudo da Computação Ambiental e suas implicações tecnológicas para a Arquitetura, o espaço urbano e a saúde pública.

  • Larissa Loures Mendes, Universidade Federal de Minas Gerais

    Professora do curso de Nutrição (UFMG) e Líder do Grupo de Estudos Pesquisas e Práticas em Ambiente Alimentar e Saúde.

    Possui graduação em Nutrição pela Universidade Federal de Ouro Preto (2005). Mestrado (2008) e Doutorado (2012) em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, é professora adjunta do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais, do Programa de Pós-graduação em Nutrição em Saúde da Universidade Federal de Minas Gerais, do Programa de Pós-graduação em Saúde da Criança e do Adolescente da Universidade Federal de Minas Gerais e do Programa de Pós-graduação em Saúde Publica da Universidade Federal de Minas Gerais. Lidera o Grupo de Estudos, Pesquisas e Práticas em Ambiente Alimentar e Saúde (GEPPAAS), é membro do Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH), do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia, Nutrição e Saúde Pública (PENSAP), do Centro de Investigação de Antropologia e Saúde (CIAS) da Universidade de Coimbra e do grupo de pesquisa Food for Justice: Power, Politics, and Food Inequalities in a Bioeconomy da Universidade Livre de Berlim.

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Publicado

2024-06-13

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

FARIA, Gustavo Henrique Campos de; SOUZA, Renato César Ferreira de; MENDES, Larissa Loures. Modelos configuracionais para a avaliação da obesogenicidade em entornos urbanos. Gestão & Tecnologia de Projetos, São Carlos, v. 19, n. 1, p. 5–28, 2024. DOI: 10.11606/gtp.v19i1.209856. Disponível em: https://revistas.usp.br/gestaodeprojetos/article/view/209856.. Acesso em: 19 jun. 2024.