Whatsapp como campo de batalha: reflexões ético-metodológicas a partir de uma etnografia em grupos de oração evangélicos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2024.216670Palavras-chave:
WhatsApp, Evangélicos, Etnografia digital, Smartphones, InterseccionalidadeResumo
Como a pesquisa antropológica pode ajudar a compreender efeitos da centralidade dos usos de mídias digitais no cotidiano religioso? Distanciando-me de aparentes e errôneas oposições entre tradicional e moderno que perguntas como esta frequentemente enunciam, investiguei modos nos quais os usos de smartphones se configuram como “campos de batalha” para orar, pregar, contar testemunhos, estabelecer intimidades com Deus e vencer demônios. Através de uma etnografia em “grupos de oração” compostos por mulheres evangélicas, reflito neste artigo sobre minha posicionalidade em um trabalho de campo realizado em circuitos de co-presença que incluiu igrejas, lares e dois grupos de WhatsApp liderados por um casal de pastores pentecostais. Ao explorar os sentidos ambivalentes nos usos religiosos dos celulares, aponto para dinâmicas interseccionais que tornam o WhatsApp dispositivo religioso central para carreiras pastorais não-institucionalizadas e exercício coletivo da fé evangélica.
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