As mães solteiras na São Paulo de finais do século XVIII: uma perspectiva de sua inserção socioeconômica através das listas nominativas de 1798
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2024.212099Palavras-chave:
História das Mulheres, São Paulo Colonial, Demografia HistóricaResumo
Este artigo tem como objetivo apresentar o perfil demográfico das mulheres livres, acima dos 12 anos de idade, solteiras e mães, na cidade de São Paulo, na última década do século XVIII, a partir de uma análise das listas nominativas de habitantes de 1798. Foi observada não somente a inserção quantitativa desse nicho populacional na demografia paulista, mas, também, a econômica, levando em consideração não apenas a peculiaridade da cidade na economia colonial, mas, especialmente, a questão de gênero, fator de limitação do campo de possibilidades de experiências dessas mulheres.
Downloads
Referências
BACELLAR, Carlos de A. Prado. “Arrolando os habitantes no passado: as listas nominativas sob um olhar crítico”. In: Locus: Revista de História, Juiz de Fora, v. 14, n. 1, p. 113-132, 2008.
BACELLAR, Carlos de A. Prado. Os Senhores da Terra: Família e sistema sucessório entre os senhores de engenho do Oeste Paulista, 1765-1855. Dissertação de Mestrado (Mestrado em História) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 1987. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-16112022-195509/pt-br.php>.
CAMPOS, Alzira Lobo de Arruda. “A configuração dos agregados como grupo social: marginalidade e peneiramento (oexemplo da cidade de São Paulo no século XVIII)”. In: Revista de História,São Paulo, n. 17, p. 27-69, 1984.
CAMPOS, Alzira Lobo de Arruda. Casamento e a família em São Paulo Colonial: caminhos e descaminhos. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e poder em São Paulo no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1984.
FRAGOSO, João; FLORENTINO, Manolo. O Arcaísmo Como Projeto: Mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma economia colonial tardia (Rio de Janeiro, c.1790-c.1840). 4 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
KOK, Jan et al. "Labor strategies of families: An introduction". In:The History of the Family, Reino Unido, v. 9, p. 123-135, 2004.
MARCÍLIO, Maria Luiza. A cidade de São Paulo: Povoamento e população, 1750-1850. São Paulo: EDUSP, 2014.
NAZZARI, Muriel. “Sem perda da honra: a preservação da reputação feminina no Brasil colonial”. In: SILVA, Maria Beatriz Nizza da (org.). Sexualidade, família e religião na colonização do Brasil. Lisboa: Livros Horizonte, 2001.
SAMARA, Eni de Mesquita. As mulheres, o poder e a família: São Paulo, século XIX. São Paulo: Marco Zero; Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, 1989.
SCOTT, Joan. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. In: Educação & Realidade, Rio Grande do Sul, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71721/40667>.
SILVA, Giovanna Turato Citron. “Solteiras, viúvas e casadas sem marido na São Paulo do século XIX: Um olhar através das listas nominativas de habitantes de 1802”. In: Revista Angelus Novus, São Paulo, n. 17, 2022.
SOUZA, Laura de Mello e. O diabo e a terra de Santa Cruz: Feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
VENÂNCIO, Renato Pinto. “Maternidade negada”. In: PRIORE, Mary del (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2018. p.189-222.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Giovanna Turato Citron Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.