Análise do álbum “Meus caros amigos” como um hipergênero

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v37i3p10-27

Palavras-chave:

Hipergênero, Gênero canção, Meus caros amigos, Tetragrama, Análise multissemiótica

Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar uma análise do álbum Meus caros amigos de Chico Buarque, lançado em 1976, compreendendo-o como um hipergênero, ou seja, o projeto de dizer realizado no álbum está imbricado na sua relação com cada um dos gêneros que o compõem. Para tanto, buscou-se ancoragem teórica no dialogismo bakhtiniano para o conceito de gênero do discurso e de autoria, procurando dialogar com a noção de hipergênero. Para análise das canções, adotou-se como recurso metodológico o Tetragrama de análise multissemiótica da canção proposto pelo Grupo de Estudos da Canção (GECAN). Observou-se que o projeto de dizer expressa uma unidade de sentido ligada ao conjunto de gêneros que compõem o álbum (hipergênero). Muitas das canções de Meus caros amigos fizeram parte da trilha sonora de filmes e peças teatrais, e refletem o Brasil da década de 1970, entretanto, suas temáticas ainda estão bastante presentes na atualidade.

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Biografia do Autor

  • Camila Farias Fraga, Universidade Federal de Santa Catarina. Instituto Federal de Santa Catarina

    Doutoranda em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil). Coordenadora Pedagógica do Instituto Federal de Santa Catarina (Brasil).

  • Laíse Maciel Barros, Universidade Federal de Santa Catarina

    Doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil).

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Publicado

30-09-2024

Como Citar

FRAGA, Camila Farias; BARROS, Laíse Maciel. Análise do álbum “Meus caros amigos” como um hipergênero. Linha D’Água, São Paulo, v. 37, n. 3, p. 10–27, 2024. DOI: 10.11606/issn.2236-4242.v37i3p10-27. Disponível em: https://revistas.usp.br/linhadagua/article/view/219416.. Acesso em: 25 out. 2024.

Dados de financiamento