Uma descrição contextual do gênero “carta aberta”
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v37i4p275-297Palavras-chave:
Gênero epistolar, Análise contextual, Linguística Sistêmico-FuncionalResumo
Fundamentado pela Linguística Sistêmico-Funcional, este artigo tem como objetivo descrever os padrões contextuais que definem o gênero epistolar conhecido como “carta aberta”. A partir de um procedimento metodológico que alia, por meio de redes sistêmicas contextuais, análises qualitativas à categorização quantitativa de um corpus composto por textos descritos emicamente como “cartas abertas”, realizamos uma investigação multidimensional do que define tal prática sociossemiótica em termos contextuais, complementando abordagens que focalizam sua estrutura composicional. Como resultado, detectamos (a) um padrão global, motivado pela “abertura” do gênero e caracterizado por um enviesamento sociométrico, modo público e a construção de uma audiência categórica, e (b) dois padrões mais específicos, um “tradicional-argumentativo”, vinculado a uma institucionalidade argumentativa, e um “inovador-afetivo”, associado ao compartilhamento público de emoções individuais possibilitado pelas tecnologias digitais.
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