Discurso e identidade: breve caracterização linguístico-discursiva do populismo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v25i1p109-130Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir a relaçãoentre discurso e identidade no âmbito linguístico-discursivo, de modo a caracterizar o discurso político presidencial populista no contexto histórico brasileiro da década de 1950. Identificamos no populismo um objeto de estudo a ser explorado em função da escassa literatura referente à análise linguística desse fenômeno político, o qual marcou os governos latino-americanos entre as décadas de 1950 e 1960. Interessa-nos, assim, estabelecer uma aproximação teórica entre a análise retórica do discurso e o contexto histórico em que os pronunciamentos de Vargas foram realizados, de modo a contribuir para a caracterização discursivo-identitária, ainda que breve, do populismo. Para procedermos às análises, foram selecionados discursos proferidos por Getúlio Vargas no período de seu segundo mandato como presidente da República (1951-54), extraídos do livro O governo trabalhista do Brasil – volumes III e IV, reunidos e editados pela Livraria José Olympio, em 1969. Como aporte teórico sobre discurso político, recorremos aos trabalhos de Aquino (2005, 2003 e 1997) e Charaudeau (2006); sobre populismo, aos de Capelato (2001), Ferreira (2001) e Weffort (1982); e, finalmente, acerca de gêneros textuais, aos de Bakhtin (2003 [1927]) e Grillo (2006). Buscamos explicitar, ao longo do trabalho, as estratégias de seleção lexical que contribuem para a constituição identitária do populismo como fenômeno discursivo.
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