Parêmias em mutação: variantes dos provérbios como recurso expressivo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v27i2p37-52Palavras-chave:
paremiologia, léxico, discurso.Resumo
A eficácia expressiva dos provérbios, na opinião de muitos autores, deriva sobretudo de determinados aspectos de sua estrutura. O paralelismo por correlação, a inversão coesiva e a elipse do verbo são alguns desses recursos. A reiteração no uso, sua permanência e popularização são fatores comumente focalizados por paremiólogos portugueses e brasileiros na pouco volumosa bibliografia especializada da área. Um tema conexo começa, porém, a receber a atenção dos estudiosos. Nele, encontramos o que alguns chamam de “antiprovérbios”, definidos como corruptelas, deformações, pastiches ou trocadilhos que se criam sob a inspiração de uma frase, largamente conhecida por uma comunidade, com um intuito ora humorístico ou satírico, ora publicitário ou comercial – às vezes ambos. Preferimos chamá-los neste trabalho de “aloprovérbios”, examinando no contexto brasileiro sua ocorrência como variante discursiva, cuja pretensão é, no fundo, a mesma da sua matriz. Entendemos que, perdida ou esvaziada a força expressiva da forma original, o “aloprovérbio” busca reiluminar o teor moral, experiencial ou prático primitivo, ainda que sob uma veste às vezes antagônica. Em caso de efemeridade, essa variante vira “águas passadas”; em caso de permanência, essa variante se fixa como o provérbio que “venit, vidit, vicit”.Downloads
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