Entre a carne e o espírito: relações de gênero nos filmes de horror de Jean Garrett
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9826.literartes.2021.185158Palabras clave:
Cinema brasileiro, Boca do Lixo, Sexploitation, Horror, Jean GarrettResumen
Este trabalho tem como objetivo traçar características temáticas dos filmes de horror realizados pelo cineasta luso-brasileiro Jean Garrett (José Antônio Nunes Gomes da Silva, 1947-1996) no âmbito da indústria de sexploitation que marcou o cinema popular paulista nos anos 1970 (DENNISON, 2009; PIEDADE, 2006). Trataremos de duas obras de terror psicológico (Amadas e Violentadas, 1976; A Mulher que Inventou o Amor, 1980) e duas de horror sobrenatural (Excitação, 1976; A Força dos Sentidos, 1979) dirigidas por Garrett, observando as especificidades de seu trabalho em uma cinematografia nacional então marcada, pela revolução sexual e pelo reacionarismo político da ditadura militar (RAMOS, 2004; ABREU, 2006). Buscaremos caracterizar Garrett como um autor relevante para a compreensão do horror cinematográfico brasileiro por sua capacidade de incorporar e discutir questões cruciais do cinema popular brasileiro dos anos 1970 por meio de histórias de horror, em particular a posição ocupada pelas personagens femininas e pelas relações amorosas heteronormativas no âmbito do cinema erótico.
Referencias
ABREU, Nuno Cesar Pereira de. Boca do Lixo - Cinema e Classes Populares. Campinas: Ed. Unicamp, 2006.
A FORÇA dos sentidos. Jean Garrett, Brasil, 1975, 35mm, Cor, 90 min.
AMADAS e violentadas. Jean Garrett, Brasil, 1975, 35mm, Cor, 90 min.
A MULHER que inventou o amor. Jean Garret, 1980, 35mm, Cor, 120 min.
AUTOR 1, Ref 1
AUTOR 2, Ref. 1
AUTORES 1 e 2, Ref. 1
DENNISON, Stephanie. “Sex and the Generals: reading Brazilian Pornochanchada as sexploitation”. In: RUÉTALO, V.; TIERNEY, D. (org.). Latsploitation, Exploitation Cinemas, and Latin America. New York, London: Routledge, 2009. p. 230-244.
EXCITAÇÃO. Jean Garrett, Brasil, 1975, 35mm, Cor, 90 min.
FERREIRA, Jairo. Cinema de Invenção. São Paulo: Max Limoad, 1986.
HELLER-NICHOLAS, Alexandra. Rape-revenge films: a critical study. Jefferson, North Carolina: McFarland & Company, 2011.
KAPLAN, E. Ann. A mulher e o cinema: os dois lados da câmera. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.
ORMOND, Andrea. A mulher que inventou o amor (1979). In: ORMOND, Andrea. Ensaios de cinema brasileiro: dos filmes mudos à pornochanchada. São José dos Pinhais, PR: Editora Estronho, 2016. p. 253-254.
PIEDADE, Lúcio de Franciscis dos Reis. A cultura do lixo: horror, sexo e exploração no cinema. 2002. Dissertação (Mestrado em Multimeios) – Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas 2002.
PIEDADE, Lúcio de Franciscis dos Reis. “O Pasteleiro: Um exercício de sexo e horror no cinema brasileiro”. In: LYRA, Bernadette; SANTANA, Gelson. Cinema de Bordas. São Paulo: A Lápis, 2006.
PRIMATI, Carlos. “Sangue, sexo e riso: espectros do horror nos filmes brasileiros”. In: Horror no Cinema Brasileiro/Portal Brasileiro de Cinema. São Paulo: Centro Cultural Banco do Brasil/Heco Produções, 2009. Disponível em: <http://www.portalbrasileirodecinema.com.br/horror/ensaio-sangue-sexo-riso-por-carlos-primati.php?indice=ensaios>. Acesso em 26 de abril de 2021.
RAMOS, Fernão. Cinema Marginal (1968/1973) ou a Representação em seu Limite. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1987.
RAMOS, José Mario Ortiz. Sexo, sangue e emoções masculinas. In: RAMOS, José Mario Ortiz. Cinema, televisão e publicidade: cultura de massa e popular no Brasil nos anos 1970-1980. São Paulo: Annablume, 2004. p. 178-195.
RUÉTALO, Victoria; TIERNEY, Dolores. Latsploitation, Exploitation cinemas, and Latin America. Florence, KY: Routledge, 2009.
SANTOS, Fernanda R.S.; MELLO, Cecília A. Insegurança perceptual e atmosferas do medo: conexões entre realismo e horror no cinema contemporâneo. Revista Ícone Recife, Vol. 17, N. 3, 319–334.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Laura Cánepa, Tiago Monteiro
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publican en esta revista está de acuerdo con los siguientes términos: Autores mantienen los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultaneamente licenciado bajo el Permiso Creative Commons Attribution que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista. Autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ejemplo: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista. Autores tienen permiso y se estimulan a publicar y distribuir su trabajo en línea (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) a cualquier punto antes o durante el proceso editorial, ya que eso puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la cita del trabajo publicado (Ver: O Efeito do Acesso Livre).