Manoel de Barros e Lobivar Matos no Modernismo do Mato Grosso
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2024.223268Palavras-chave:
Modernismo brasileiro, Grupos modernistas mato-grossenses, Manoel de Barros, Lobivar MatosResumo
o objetivo deste texto é estudar a relação de Manoel de Barros e Lobivar Matos, dois poetas sediados no Rio de Janeiro, com o grupo modernista de seu estado natal, Mato Grosso, nos anos 1930. Ao estudarmos a trajetória do Modernismo no Mato Grosso, retomamos a historiografia literária no estado e para tanto, apoiamo-nos em autores locais, percorrendo as contribuições de Rubens Mendonça em: História da Literatura mato-grossense (2015), Poetas Borôros (1942); e a contribuição de Hilda Dutra Magalhães, História da Literatura de Mato Grosso: século XX (2017); e as de Marinei Almeida em Revistas e Jornais: Um Estudo do Modernismo em Mato Grosso (2012). Entender as relações entre Barros, Matos e o movimento modernista mato-grossense é importante para apontar as características que compõem as nuances locais do movimento modernista mato-grossense, para tanto, apoiamo-nos na ideia de grupo trazida à luz por Leandro Pasini em Prismas Modernistas: a lógica de Grupos e o Modernismo Brasileiro (2022). Analisando os dois autores e alguns poemas, apoiando-nos na bibliografia citada acima, vislumbramos que, diferentemente das relações entre grupo e autores, se tratando de Barros e Matos, no Mato Grosso, estes autores percorreram um caminho diferente do que aconteceu em São Paulo onde os grupos se estabeleceram concomitantemente com os autores na busca por uma estética modernista. No Mato Grosso, este movimento aconteceu da seguinte maneira, tanto Barros quanto Matos criaram suas obras dentro da estética modernista antes da consolidação dos grupos, pois estes não consolidaram a estética modernista na década de 1930, período em que Matos e Barros já estavam produzindo suas obras na estética modernista.
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Referências
Referências bibliográficas:
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