“Cada vez tantas línguas em qualquer língua”: A biblioteca multilíngue de Haroldo de Campos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i54p91-128Palavras-chave:
Haroldo de Campos, Bibliotecas, Multilinguismo, Arquivos, CorrespondênciaResumo
O estudo da biblioteca de Haroldo de Campos nos permite revisitar a trajetória e a obra do crítico, tradutor e poeta brasileiro, a fim de destacar o papel desempenhado pelo multilinguismo e o modo como as mais diversas línguas se entrelaçaram em sua própria obra. A biblioteca de HC, a partir da qual é possível reconstruir tanto sua formação quanto os usos que o poeta fez dela, aparece como força motriz e condição de possibilidade do trabalho situado de um cosmopolita periférico que fez do contato entre línguas um dos pontos de ancoragem de sua proposta crítica e poética. Seu estudo, juntamente com o de outras bibliotecas e arquivos espalhados pelo mundo, nos permite retornar às bases materiais e à política literária desse autor brasileiro, nas quais as relações entre as línguas tiveram um papel fundamental.
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