O legado de Stuart Hall e a Comunicação Comunitária
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v10i3p107-124Mots-clés :
Stuart Hall, Comunicação Comunitária, cultura popular, luta de classesRésumé
Este artigo advoga a relevância do legado de Stuart Hall para o estudo e a prática da Comunicação Comunitária, destacando parte de sua produção nos anos 1970 e 80, na qual o pensamento marxiano era mais presente. Argumenta-se que a análise dos vários tipos de opressão e resistência que perpassam as práticas comunicacionais só tem a ganhar com sua articulação crítica ao plano geral da luta de classes. Defende-se, em termos epistemológicos, teóricos e metodológicos, uma reaproximação entre os Estudos Culturais e a Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura, como movimento capaz de descortinar horizontes pouco explorados para a práxis da Comunicação Comunitária.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
AHMAD, A. Linhagens do presente. São Paulo: Boitempo, 2002.
BEZERRA, A. Vigilância e filtragem de conteúdo nas redes digitais: desafios para a competência crítica em informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 16., 2015, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2015. Disponível em: <http://bit.ly/2gKknBH>. Acesso em: 1 dez. 2016.
CAMDAVID, A. La comunicación para el cambio social: ¿nos acerca o nos aleja? In MARTÍNEZ HERMIDA, M. et al. (Coords.). Comunicación y desarrollo. Buenos Aires: La Crujía, 2013. p. 23-45.
DORFMAN, A.; MATTELART, A. Para ler o Pato Donald: comunicação de massa e colonialismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
DOWNING, J. D. H. Mídia radical: rebeldia nas comunicações e movimentos sociais. São Paulo: Senac, 2002.
EAGLETON, T. Depois da teoria. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
FREIRE, P. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
______. Maquiavel: a política e o Estado moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
GUARESCHI, N. M. F. et al. Intervenção na condição de vulnerabilidade social: um estudo sobre a produção de sentidos com adolescentes do programa do trabalho educativo. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, ano 7, n. 1, 2007. Disponível em: <http://bit.ly/2gKfdWg>. Acesso em: 15 mar. 2015.
HALL, S. Codificação/decodificação. In: SOVIK, L. (Org.). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG; Brasília, DF: Unesco, 2003a. p. 387-404.
______. Estudos culturais: dois paradigmas. In: SOVIK, L. (Org.). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG; Brasília, DF: Unesco, 2003b. p. 131-159.
______. Notas sobre a desconstrução do “popular”. In: SOVIK, L. (Org.). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG; Brasília, DF: Unesco, 2003c. p. 247-264.
HALL, S. The toad in the garden: Thatcherism among the theorists. In: HALL, S. et al. Marxism and the interpretation of culture. Londres: Macmillan Education, 1988. p. 35-73.
HALL, S.; LUMLEY, B.; McLENNAN, G. Política e ideologia: Gramsci. In: HALL, S. et al. Da ideologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1980. p. 60-100.
KELLNER, D. A cultura das mídias. Bauru: Edusc, 2001.
LARRAIN, J. Stuart Hall and the marxist concept of ideology. In: MORLEY, D.; CHEN, K.-H. (Orgs.). Stuart Hall: dialogues in cultural studies. London/New York: Routledge, 1996. p. 47-69.
LIMA, V. A. de. Stuart Hall e os estudos de mídia. Carta Maior, 19 fev. 2014. Disponível em: <http://bit.ly/2gZ0Uho>. Acesso em: 1 dez. 2016.
LOPES, M. I. V, de. Pesquisa em comunicação. São Paulo: Loyola, 2003.
MARTÍN-BARBERO, J. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de. Janeiro: UFRJ, 1997.
MARTÍN-BARBERO, J.; REY, G. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001.
MATTELART, A. Estudiar comportamentos, consumos, hábitos y prácticas culturales. In: ALBORNOZ, L. A. (Org.). Poder, médios, cultura: uma mirada crítica desde la economia política de la comunicación. Buenos Aires: Paidós, 2011. p. 157-176.
MIANI, R. A. Os pressupostos teóricos da comunicação comunitária e sua condição de alternativa política ao monopólio midiático. InTexto, Porto Alegre, v. 2, n. 25, p. 221-233, dez. 2011.
MORETZSOHN, S. Pensando contra os fatos: jornalismo e cotidiano – do senso comum ao senso crítico. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
PASQUALI, A. Comprender la comunicación. Barcelona: Gedisa, 2007.
PAULA, S. de. Estudos culturais e receptor ativo. In: RUBIM, A. A. C. et al. (Orgs.). Produção e recepção dos sentidos midiáticos. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 131-141.
PERUZZO, C. M. K. Rádio comunitária, educomunicação e desenvolvimento local. In: PAIVA, R. O retorno da comunidade: os novos caminhos do social. Rio de Janeiro: Mauad, 2007. p. 69-94.
SCHNEIDER, M. A dialética do gosto: informação, música e política. Rio de Janeiro: Circuito; Faperj, 2015.
______. Comunicação, classes sociais e cidadania: crítica da economia política dos estudos culturais. Revista Eptic, vol. 15, n. 3, p. 4-18, set-dez 2013.
TAPSCOTT, D.; WILLIAMS, A. D. Wikinomics: como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2000.
THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987-1988.
WILLIAMS, R. Marxismo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
YAMAMOTO, E. Y. As matrizes epistêmicas da comunidade na comunicação: uma genealogia. In: FRANÇA, V. V.; ALDÉ, A.; RAMOS, M. C. (Orgs.). Teorias da comunicação no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2014. p. 125-147.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans ce journal acceptent les termes suivants:
- Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, le travail étant concédé simultanément sous la licence Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA 4.0) qui permet le partage de l'œuvre avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans cette revue à des fins non commerciales.
- Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour une distribution non exclusive de la version de l'ouvrage publiée dans cette revue (par exemple, publication dans un référentiel institutionnel ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans cette revue.