A Consciência Cinematográfica na Poesia de Marília Garcia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2021.180065Palavras-chave:
Imagem-movimento, Poesia contemporânea, Poesia brasileira, Cinema, Consciência cinematográficaResumo
Este artigo parte do conceito deleuziano de imagem-movimento para pensar a obra da poeta brasileira Marília Garcia. Parte-se do princípio que o cinema, enquanto arte industrial, trouxe um novo paradigma para o pensamento e para as artes no século XX. Tendo em vista esta mudança, pretende-se compreender brevemente como uma determinada poesia contemporânea se relaciona com conceitos como fora de campo, plano e montagem, partindo da premissa de que o regime da imagem-movimento não se manifesta exclusivamente no cinema e pode ser observado em outras artes, especialmente na poesia, arte que, assim como o cinema, opera a criação de imagens. Serão abordados poemas dos livros Engano Geográfico (2012) e Um teste de resistores (2014) levando em conta como conceitos predominantes do campo cinematográfico ou que foram observados por Deleuze por meio da análise cinematográfica podem ser, agora, observados numa determinada produção poética contemporânea.
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