Arena conta Tiradentes: dilemas estéticos e ideológicos do Teatro de Arena pós golpe de 1964
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2016.118934Palavras-chave:
Teatro de Arena, Teatro e Política, Ditadura.Resumo
Arena conta Tiradentes, de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, utiliza um levante político do período colonial para falar do momento de 1967, refletindo sobre o malogro das expectativas democráticas de inclusão popular que se viviam no Brasil dos anos 1950 e 1960, interrompidas pelo golpe de 1964 e pela ditadura que se instalaria a partir de então. Para o Teatro de Arena, grupo muito ligado à questão nacional-popular e que teve centralidade na produção cultural dos anos anteriores, lidando justamente com uma temática relativa à inclusão do povo no debate sobre os rumos do país, o golpe significou uma ruptura fundamental e exigiu uma revisão significativa dos horizontes ideológicos e estéticos. A partir de 1965, o Arena produziu uma série de musicais utilizando uma nova técnica, o Sistema Coringa, que procurou sintetizar sua trajetória estética e propor rumos para a nova situação política do país. Dentre esses musicais encontra-se Arena conta Tiradentes, objeto deste estudo. Por meio de uma leitura própria e da retomada dos principais estudos sobre a peça, procuramos refletir sobre os dilemas estéticos e ideológicos do grupo
no conturbado pós-64.
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