Mulheres forasteiras e continuidade artística de A mulher de longe até a Crônica da casa assassinada
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2020.180046Palavras-chave:
A mulher de longe, Crônica da casa assassinada, Lúcio Cardoso, Cinema brasileiroResumo
Este artigo propõe uma breve comparação entre a obra-prima de Lúcio Cardoso, a Crônica da casa assassinada (1959), e seu roteiro principal A mulher de longe (1949). As figuras principais de ambas as obras são mulheres forasteiras, que, no embate entre a tradição e uma tentativa de abertura, são as que saem mais torturadas, e muitas vezes esfaceladas pelas próprias mulheres que se apoiam demais nos preconceitos e nas convenções estabelecidas por uma sociedade tradicional e patriarcal – em ruínas –, como no caso de Nina e Ana, na primeira obra, e da mulher e da velha, na segunda. A questão que se supõe é que a Crônica da casa assassinada seria, dez anos depois, uma continuidade literária da tentativa de roteiro que foi A mulher de longe.
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