Compreendendo o discurso organizacional: características, materialidades e materializações
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2021.185771Palavras-chave:
Discurso, Discurso organizacional, Comunicação organizacionalResumo
Este trabalho busca refletir sobre a natureza do discurso organizacional. Reconhecendo que o discurso é constituidor e organizador da realidade, apresenta-se uma compreensão de discurso organizacional e a forma como ele é traduzido em/por meio de diversas materialidades e materializações. Para ilustrar como esse discurso se manifesta, são analisadas produções discursivas e comunicacionais das organizações Johnson & Johnson, Secretaria do Tesouro Nacional, Microsoft e Rede Extra, empregando-se, em termos metodológicos, a análise do discurso de orientação francesa.
Downloads
Referências
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
BALDISSERA, Rudimar. Comunicação organizacional: uma reflexão possível a partir do paradigma da complexidade. In: OLIVEIRA, Ivone Lourdes de; SOARES, Ana Thereza Nogueira (org.). Interfaces e tendências da comunicação no contexto das organizações. São Paulo: Difusão, 2008. p. 149-177.
BALSA, Javier. Pontos de diálogo entre a teoria da hegemonia de Ernesto Laclau e os estudos de linguagem. In: SILVA, Gustavo Teixeira da; COELHO, Gabriel Bandeira; COSTA, Éverton Garcia; FREITAS, Felipe Corral de (org.). Pós-estruturalismo e teoria do discurso: a obra de Ernesto Laclau a partir de abordagens empíricas e teóricas. Curitiba: CRV, 2017. p. 139-158.
BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
CHARAUDEAU, Patrick; MAINGUENEAU, Dominique. Dicionário de análise do discurso. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2008.
COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Carlos: Edufscar, 2009.
CUNHA, Kátia Silva. A teoria do discurso como abordagem teórica e metodológica no campo das políticas públicas em educação. Estudos Políticos, Rio de Janeiro, n. 7, p. 257-276, 2013. DOI: https://doi.org/10.22409/rep.v4i8.38813.
FERREIRA, Fabio Alves. Para entender a teoria do discurso de Ernesto Laclau. Espaço Acadêmico, Maringá, v. 11, n. 127, p. 12-18, 2011.
HOWARTH, David. Discourse. Philadelphia: Open University Press, 2000.
HUNT, Elle. Tay, Microsoft’s AI chatbot, gets a crash course in racism from Twitter. The Guardian, London, 24 mar. 2016. Disponível em: https://www.theguardian.com/technology/2016/mar/24/tay-microsofts-ai-chatbot-gets-a-crash-course-in-racism-from-twitter. Acesso em: 25 ago. 2021.
LACLAU, Ernesto; MOUFFE, Chantal. Hegemonia e estratégia socialista: por uma política democrática radical. São Paulo: Intermeios, 2015a.
LACLAU, Ernesto; MOUFFE, Chantal. Pós-marxismo sem pedido de desculpas. In: LOPES, Alice Casimiro; MENDONÇA, Daniel de (org.). A teoria do discurso de Ernesto Laclau: ensaios críticos e entrevistas. São Paulo: Annablume, 2015b. p. 35-72.
LACLAU, Ernesto. Posfácio. In: MENDONÇA, Daniel de; RODRIGUES, Léo Peixoto (org.). Pós-estruturalismo e teoria do discurso: em torno de Ernesto Laclau. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. p. 189-191.
MAINGUENEAU, Dominique. Gênese dos discursos. São Paulo: Parábola, 2008.
MÜLLER, Leonardo. Tay: Twitter conseguiu corromper a IA da Microsoft em menos de 24 horas. Tecmundo, São Paulo, 24 mar. 2016. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/inteligencia-artificial/102782-tay-twitter-conseguiu-corromper-ia-microsoft-24-horas.htm. Acesso em: 25 ago. 2021.
NOSSO credo. Janssen, Beerse, 7 maio 2019. Disponível em: https://www.janssen.com/pt/about/our-credo. Acesso em: 25 ago. 2021.
ORLANDI, Eni P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 8. ed. Campinas: Pontes, 2009.
OUR credo. Johnson & Johnson, New Brunswick, 2021. Disponível em: https://www.jnj.com/credo/. Acesso em: 25 ago. 2021.
SILVA, Magno Vieira da. Desafios da comunicação interna frente à identidade das organizações: as contribuições da teoria do discurso de Ernesto Laclau. In: MARQUES, Ângela Cristina Salgueiro; OLIVEIRA, Ivone de Lourdes (org.). Comunicação organizacional: dimensões epistemológicas e discursivas. Belo Horizonte: UFMG, 2015. p. 174-184.
SILVA, Magno Vieira da. Discurso organizacional: aportes conceituais. 2018. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.
TESOURO Direto tem maior volume de vendas líquidas da história. Ministério da Economia: Tesouro Nacional, Brasília, DF, 24 jul. 2015. Disponível em: https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/noticias/tesouro-direto-tem-maior-volume-de-vendas-liquidas-da-historia. Acesso em: 25 ago. 2021.
SÁNCHEZ VÁSQUEZ, Adolfo. Filosofia da práxis. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
VOLÓCHINOV, Valentin. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: 34, 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Magno Vieira da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
A submissão implica a cessão de direitos da primeira publicação à revista Organicom, sem pagamento. Os autores podem estabelecer por separado acordos adicionais para a distribuição não exclusiva de versão da obra publicada na revista (como colocar em um repositório institucional ou publicar um livro), com o devido reconhecimento de sua publicação inicial na revista Organicom.