Assessoria de Comunicação – conceito e ensino
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2024.231253Palavras-chave:
Relações públicas, Assessoria de comunicação, Comunicação organizacional, Comunicação estratégica , Metodologia de ensinoResumo
No quadro de crescente pluralidade de usos do conceito de Relações Públicas, torna-se necessário ponderar o surgimento da expressão “Assessoria de Comunicação” para designar um campo englobante de diferentes especialidades profissionais da comunicação. O presente artigo visa analisar as afinidades – mas também a diferenciação – entre Relações Públicas e Assessoria de Comunicação e afirmará que as primeiras são um campo de aplicação especializado da Assessoria de Comunicação. O exame dessa relação precede a clarificação da expressão e conceito de “Assessoria de Comunicação”. O terceiro estágio concerne uma proposta metodológica para o ensino da Assessoria de Comunicação no séc. XXI, em sociedades que privilegiam modelos pedagógicos híbridos e digitais. Assim, o objetivo principal deste trabalho é duplo: analisar a relação entre Relações Públicas e Assessoria de Comunicação, e propor metodologias pedagógicas para o ensino de Assessoria de Comunicação. Propõe-se que o ensino da Assessoria de Comunicação assuma um modelo já não tanto centrado na distinção teoria/prática, mas na concatenação do pensar e do fazer, isto é, do juízo ético e crítico com a atividade autocrítica. Aprendizagem participada, Projetos hands-on e Technology Enhanced Learning constituem os três pilares desse modelo híbrido de ensino e aprendizagem. O presente capítulo visa analisar as afinidades- mas também a diferenciação- entre Relações-Públicas e Assessoria de Comunicação e afirmará que as primeiras são um campo de aplicação especializado da Assessoria de Comunicação. O exame dessa relação precede a clarificação da expressão e conceito de “Assessoria de Comunicação”. O terceiro estágio concerne uma proposta metodológica para o ensino da Assessoria de Comunicação no séc. XXI, em sociedades que privilegiam modelos pedagógicos híbridos e digitais. Propõe-se que o ensino da Assessoria de Comunicação assuma um modelo já não tanto centrado na distinção teoria/prática mas na concatenação do pensar e do fazer, isto é, do juízo ético e crítico com a atividade autocrítica. Aprendizagem participada, Projetos hands-on e Technology Enhanced Learning constituem os três pilares desse modelo híbrido de ensino e aprendizagem.
Downloads
Referências
ALMANSA, Ana. Assessorias de comunicação. Tradução: Andréia Athaydes. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2010.
ANDERSON, LaKesha. Teaching the Introductory Public Relations course: Pedagogical recommendations. Journal of Communication Pedagogy, [S. l.], v. 2, p. 58-63, 2019.
AUGER, Giselle; CHO, Moonhee. Comparative analysis of public relations curricula: Does it matter where you go to school, and is Academia meeting the needs of the practice? Journalism & Mass Communication Educator, Thousand Oaks, v. 71, n. 1, p. 50-68, 2016. doi: https://doi.org/10.1177/1077695814551830.
CAYWOOD, Clarke L. (Ed.). The handbook of strategic public relations and integrated communications. New York: McGraw-Hill, 1997.
CHANDLER, Lisa; WARD, Alistair. Immersed in Design: Using an immersive teaching space to visualize design solutions. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON TECHNOLOGY, EDUCATION AND DEVELOPMENT, 2016, Stockholm. Proceedings […]. [S. l.]: World Academy of Science, Engineering and Technology, 2016. p. 642-645.
FAWKES, Johanna. What is public relations? In: THEAKER, Alison. The public relations handbook. 2. ed. Oxfordshire: Routledge, 2004. p. 3-12.
FERRARI, Maria Cristina; FRANÇA, Fábio (Ed.). Relações Públicas e Comunicação Organizacional: Teoria, Contexto e Relatos de Pesquisa. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2015.
FERRARI, Maria-Aparecida; MARTINS, Juliane; THEODORO, Victor. Enseñanza y aprendizaje en las carreras de Relaciones Públicas de Brasil: incorporación de plataformas digitales. Revista Mediterránea de Comunicación, Alicante, v. 11, n. 2, p. 311-327, 2020. doi: https://www.doi.org/10.14198/MEDCOM2020.11.2.7.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 42. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
GAMIFICAÇÃO. In DICIONÁRIO Priberam da Língua Portuguesa. Lisboa: Priberam, 2023. Disponível em: https://dicionario.priberam.org/gamifica%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 26 maio 2023.
GONÇALVES, Gisela. As Relações Públicas em Portugal. Uma visão da profissão através do currículo do ensino superior. In: MARTINS, Moisés de Lemos; PINTO, Manuel (orgs.). Comunicação e Cidadania – Actas do 5º Congresso da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação. Braga: Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, 2008. p. 192-201.
GONÇALVES, Gisela. Introdução à teoria das Relações Públicas. Porto: Porto Editora, 2010.
GONÇALVES, Gisela (org.). The Dialogue Imperative: Trends and challenges in strategic and organisational communication. Covilhã: Labcom Books, 2012.
GRUNIG, James; HUNT, Todd. Managing public relations. New York: Holt, Rinehart and Winston Publications, 1984.
GRUNIG, James. Teaching public relations in the future. Public Relations Review, Amsterdam, v. 15, n. 1, p. 12-24, 1989.
HARLOW, Rex. Building a public relations definition. Public Relations Review, Amsterdam, v. 2, n. 4, p. 34-42, 1976.
HEATH, Robert Lawrence. Shifting foundations: Public relations as relationship building. In: HEATH, Robert Lawrence (ed.). Handbook of public relations. Thousand Oaks: Sage, 2001. p. 1-9.
HEATH, Robert Lawrence (ed.). The Sage handbook of public relations. 2. ed. New York: Sage, 2010.
HOLTZHAUSEN, Derina; ZERFASS, Ansgar. The Routledge Handbook of Strategic Communication. New York: Routledge, 2014. doi: https://doi.org/10.4324/9780203094440.
KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Relações Públicas e modernidade: Novas Questões Teóricas e Práticas. 5. ed. São Paulo: Summus Editorial, 1997.
KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. São Paulo: Summus Editorial, 2003.
KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Gestão estratégica em comunicação organizacional e relações públicas. In: ENDECOM, 1., São Paulo, 2006. Anais […]. São Paulo: Intercom, 2006.
LATTIMORE, Dan; BASKIN, Otis; HEIMAN, Suzette T.; TOTH, Elizabeth L. Relações Públicas: profissão e prática. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
LOHISER, Amanda. Maximizing concept application with hands-on team projects in a concentrated public relations course. Journal of Applied Learning in Higher Education, St. Joseph, n. 7, p. 44-63, 2017.
LORENZ-SPREEN, Philipp; MØNSTED, Bjarke Mørch; HÖVEL, Philipp; LEHMANN, Sune. Accelerating dynamics of collective attention. Nature Communications, London, v. 10, n. 1, 2019. doi: https://doi.org/10.1038/s41467-019-09311-w.
MAFEI, M. Assessoria de Imprensa – Como se relacionar com a mídia. São Paulo: Editora Contexto, 2004.
MARTÍN, Fernando Martín. Comunicación empresarial e institucional: Gabinetes de comunicación y prensa/consultoras de comunicación y relaciones públicas. Madrid: Ed. Universitas, 1998.
MATEUS, Samuel. Manual Prático de Assessoria de Imprensa. Covilhã: Livros Labcom, 2022.
MCKIE, David; SRIRAMESH, Krishnamurthy. Public relations. In: SCOTT, Craig R.; LEWIS, Laurie (ed.). The International encyclopedia of organizational communication. Chichester: Wiley, 2017. p. 1-18.
MULES, Pip; BHARGAVA, Deepti.; HYDE, Lenny. Reflective practice: A ‘sweet spot’ in public relations curricula. Asia Pacific Public Relations Journal, Sydney, v. 21, p. 1-15, 2019.
NURSHATAYEVA, Aizat; PAGE, Lindsay C.; WHITE, Carol C.; GEHLBACH, Hunter. Proactive student support using artificially intelligent conversational chatbots: The importance of targeting the technology. EdWorkingPaper, Providence, n. 20-208, 1-34, 2020. Disponível em: https://edworkingpapers.com/ai20-208. Acesso em: 16 jan. 2025.
PÓVOAS, Renato. Relações Públicas sem Croquete. Lisboa: Gestão Plus Edições, 2009.
QUINTANILHA, Luiz Fernando. Inovação pedagógica universitária mediada pelo Facebook e YouTube: uma experiência de ensino-aprendizagem direcionado à geração-Z. Educar em Revista, Curitiba, v. 33, n. 65, p. 249-263, 2017.
ROBLES, Marcel Marie. Executive perceptions of the top 10 soft skills needed in today’s workplace. Business Communication Quarterly, New York, v. 75, n. 4, p. 453-465, 2012.
SEBASTIÃO, Sónia Pedro. Relações públicas: a comunicação, as organizações e a sociedade. Comunicação Pública, Lisboa, v. 7, n. 12, p. 23-42, 2012. doi: https://doi.org/10.4000/cp.112.
SPARKS, Suzanne; CONWELL, Patrice. Teaching Public Relations – Does Practice or Theory Prepare Practitioners? Public Relations Quarterly, [S. l.], v. 43, n. 1, p. 41-44, 1998.
STACHESKI, Denise Regina; DAL-VITT, Fernanda Carraro. Ensino de Assessoria de Comunicação: métodos colaborativos na universidade. Revista Brasileira de Ensino de Jornalismo, Brasília, v. 5, n. 16, p. 102-113, 2015.
SUTHERLAND, Karen.; WARD, Alistair. Immersive simulation as a public relations pedagogical tool. Asia Pacific Public Relations Journal, Sydney, v. 19, p. 66-82, 2018.
TAVARES, Maurício. Comunicação empresarial e planos de comunicação: Integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2010.
TEIXEIRA, Raphael Moroz; FORT, Mônica Cristine. O papel da assessoria de comunicação no contexto da midiatização. Comunicação & Inovação, São Caetano do Sul, v. 24, e20238805, 2023.
TURK, Judy VanSlyke.; VALIN, Jean (eds.). Public Relations case studies from around the world. 2. ed. New York: Peter Lang, 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Samuel Mateus

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
A submissão implica a cessão de direitos da primeira publicação à revista Organicom, sem pagamento. Os autores podem estabelecer por separado acordos adicionais para a distribuição não exclusiva de versão da obra publicada na revista (como colocar em um repositório institucional ou publicar um livro), com o devido reconhecimento de sua publicação inicial na revista Organicom.