Funcionamento familiar de pessoas com deficiência: análise baseada em clusters
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-4327e3228Palavras-chave:
Pessoas com deficiência, Família, PreconceitoResumo
A deficiência tende a impactar o funcionamento familiar de diferentes formas. Este estudo teve como objetivo investigar os clusters de funcionamento familiar de pessoas com deficiências, comparando-os quanto às características sociodemográficas, ao suporte social, à autonomia e ao preconceito. Utilizou-se um questionário sociodemográfico, Escala de Avaliação da Coesão e Flexibilidade Familiar, Escala de Preconceito e Escala de Satisfação com o Suporte Social (SS) em 205 pessoas. Três clusters foram identificados: Baixo, Médio e Alto Funcionamento Familiar (FF). O grupo de baixo FF apresentou os níveis mais baixos de SS e mais altos de preconceito; já o grupo de alto FF se caracterizou pela maior escolaridade, maior SS e menor preconceito. Conclui-se evidenciando a relevância de se compreender a deficiência e seu impacto no FF a partir de uma visão mais ampla, que a relaciona a variáveis psicossociais (preconceito, SS e escolaridade), para além da questão da lesão em si.
Downloads
Referências
Aguiar, M. P. P. A., & Morais, N. A. (2021). Processos de resiliência familiar vivenciados por famílias com uma pessoa com deficiência [Family resilience processes experienced by families with a disabled person]. Revista Subjetividades, 21(3), e9191. doi:10.5020/23590777.rs.v21i3.e9191
Allen-Leigh, B., Katz, G., Rangel-Eudave, G., & Lazcano-Ponce, E. (2008). View of Mexican family members on the autonomy of adolescents and adults with intellectual disability. Salud Pública de México, 50(Suppl. 2), s213-s221. doi:10.1590/s0036-36342008000800015
Allport, G. W. (1979). The nature of prejudice: Unabridged: 25th anniversary edition. Reading, MA: Addison-Wesley.
Cunha, A. C. C. P. (2021). Deficiência como expressão da questão social [Disability as an expres-sion of the social issues]. Serviço Social & Sociedade, (141), 303-321. doi:10.1590/0101-6628.251
Delgado-González, O., Palacio-Sheryz, M., Díaz-Reyes, E., Osaría-Quintana, R. M., & Forment-Poutou, S. (2020). Salud familiar en niños con discapacidad intelectual [Family health in chil-dren with intellectual disabilities]. Revista Información Cientifica, 99(1), 30-37. Retrieved from http://www.revinfcientifica.sld.cu/index.php/ric/article/view/2767
Dell´Aglio, D. D., Koller, S. H., Cerqueira-Santos, E., & Colaço, V. F. R. (2011). Revisando o Questionário da Juventude Brasileira: Uma nova proposta [Revising the Brazilian Youth Questionnaire: A new proposal]. In D. D. Dell´Aglio & S. H. Koller (Orgs.), Adolescência e juventude: Vulnerabilidade e contextos de proteção [Adolescence and youth: Vulnerability and protection contexts] (pp. 259-270). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Dilleggi, E. S., Rosa, A. P., & Santos, P. L. (2019). Family functioning and environmental re-sources offered by families of children with mental disorders. Salud Mental, 42(5), 235-242. doi:10.17711/sm.0185-3325.2019.030
Fernandes, A. P. C. S., & Denari, F. E. (2017). Pessoa com deficiência: Estigma e identidade [Person with a disability: Stigma and identity]. Revista da FAEEBA: Educação e Contempo-raneidade, 26(50), 77-89. doi:10.21879/faeeba2358-0194.v26.n50.7789
Gouveia-Pereira, M., Gomes, H., Miranda, M. P., & Candeias, M. J. (2020). Coesão e flexibilida-de familiar: Validação do pacote FACES IV junto de adolescentes portugueses [Family cohe-sion and flexibility: Validation of the FACES IV package with Portuguese adolescen-tes]. Análise Psicológica, 38(1), 111-126. doi:10.14417/ap.1651
Jacob, J., Canchola, J. A., & Preston, P. (2019). Young adult children of parents with disabilities: Self-esteem, stigma, and overall experience. Stigma and Health, 4(3), 310-319. doi:10.1037/sah0000145
Lei No. 13.146, de 6 de julho de 2015. (2015, 7 de julho). Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) [Establishes the Brazilian Law of Inclusion of Persons with Disabilities (Statute of Persons with Disabilities)]. Diário Oficial da União, seção 1. Retrieved from https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2015/lei-13146-6-julho-2015-781174-publicacaooriginal-147468-pl.html
Marôco, J. P., Campos, J. A. D. B., Vinagre, M. G., & Pais-Ribeiro, J. L. (2014). Adaptação transcultural Brasil-Portugal da escala de satisfação com o suporte social para estudantes do ensino superior [Brazil-Portugal transcultural adaptation of the social support satisfaction scale for college students]. Psicologia: Reflexão e Crítica, 27(2), 247-256. doi:10.1590/1678-7153.201427205
Neri, M. C. (2017). Cotas empregatícias, paralimpíadas e diversidade na inclusão das pessoas com deficiência na cidade do Rio de Janeiro [Employment quotas, paralympics and diversity in the inclusion of people with disabilities in the city of Rio de Janeiro]. Inclusão Social, 10(2), 55-76. Retrieved from http://revista.ibict.br/inclusao/article/view/4032
Olkin, R., Abrams, K., Preston, P., & Kirshbaum, M. (2006). Comparison of parents with and without disabilities raising teens: Information from the NHIS and two national sur-veys. Rehabilitation Psychology, 51(1), 43-49. doi:10.1037/0090-5550.51.1.43
Olson, D. H. (2000). Circumplex model of marital & family systems. Journal of Family Thera-py, 22(2), 144-167. doi:10.1111/1467-6427.00144
Pinto, R. N. M., Torquato, I. M. B., Collet, N., Reichert, A. P. S., Souza Neto, V. L., & Saraiva, A. M. (2016). Infantile autism: Impact of diagnosis and repercussions in family relationships. Revista Gaúcha de Enfermagem, 37(3), e61572. doi:10.1590/1983-1447.2016.03.61572
Renzaho, A., Mellor, D., McCabe, M., & Powell, M. (2013). Family functioning, parental psy-chological distress and child behaviours: Evidence from the Victorian child health and wellbe-ing study. Australian Psychologist, 48(3), 217-225. doi:10.1111/j.1742-9544.2011.00059.x
Roque Hernández, M. P. R., & Acle Tomasin, G. (2013). Resiliencia materna, funcionamiento familiar y discapacidad intelectual de los hijos em um contexto marginado [Maternal re-silience, familiar functioning and children with intellectual disability in a marginal context]. Universitas Psychologica, 12(3), 811-820. doi:10.11144/Javeriana.UPSY12-3. rmff
Santana Valencia, E. V. (2019). La construcción de la resiliencia familiar en la experiencia de la discapacidad: Una posibilidad para generar procesos inclusivos [The construction of family re-silience in the experience of disability: A possibility to generate inclusive processes]. Sinéctica, (53), 1-23. doi:10.31391/s2007-7033(2019)0053-012
Santos, P. L., Bazon, M. R., & Carvalho, A. M. P. (2017). Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale IV (FACES IV): Adaptação brasileira [Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale IV (FACES IV): Brazilian adaptation]. Avaliação Psicológica, 16(2), 120-127. doi:10.15689/AP.2017.1602.01
Spinazola, C. C., Cia, F., Azevedo, T. L., & Gualda, D. S. (2018). Children with physical disabil-ity, down syndrome and autism: Comparison of family characteristics in the maternal perspec-tive in brazilian reality. Revista Brasileira de Educação Especial, 24(2), 199-216. doi:10.1590/s1413-65382418000200004
Tomaz, R. V. V., Santos, V. A., Silva de Avó, L. R., Germano, C. M. R., & Melo, D. G. (2017). Impacto da deficiência intelectual moderada na dinâmica e na qualidade de vida familiar: Um estudo clínico-qualitativo [Impact of moderate intellectual disability on the dynamics and qua-lity of family life: A qualitative clinical study]. Cadernos de Saúde Pública, 33(11), e00096016. doi:10.1590/0102-311X00096016
Vasconcellos, A. C., & Ribeiro, M. A. (2010). Resiliência: Um estudo sobre famílias com porta-dores de paraplegia [Resilience: A study of families with paraplegia]. Curitiba, PR: Juruá.
Vasconcelos, F. M., & Wellichan, D. S. P. (2022). O trabalhador com deficiência: Considerações sobre o cenário nacional e internacional [The disabled worker: Considerations about the natio-nal and international scenario]. Brazilian Journal of Development, 8(4), 31814-31830. doi:10.34117/bjdv8n4-594
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Em relação à disponibilidade dos conteúdos, a Paidéia adota a Licença Creative Commons, CC-BY. Com essa licença é permitido copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato, bem como remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial, conferindo os devidos créditos autorais para à revista, fornecendo link para a licença e indicando se foram feitas alterações.
Reprodução parcial de outras publicações
Citações com mais de 500 palavras, reprodução de uma ou mais figuras, tabelas ou outras ilustrações devem ter permissão escrita do detentor dos direitos autorais do trabalho original para a reprodução especificada na revista Paidéia. A permissão deve ser endereçada ao autor do manuscrito submetido. Os direitos obtidos secundariamente não serão repassados em nenhuma circunstância.