"As suas obras o abandonam, como os pássaros o ninho em que foram chocados": sobre arte, renúncia e morte em As afinidades eletivas
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1982-88372012000100006Palavras-chave:
Afinidades eletivas, Benjamin, arte, renuncia, morteResumo
No início da segunda parte das Afinidades eletivas, de Johann Wolfgang von Goethe, o narrador traça um paralelo entre a vida e o artifício do poeta para substituir, na epopéia, os protagonistas por figuras até então pouco notadas, justificando assim a crescente importância do arquiteto na sequência da narrativa. Este jovem artista vincula à sua arte uma esperança de permanência, de sobrevida. Ottilie discordará em seus apontamentos de diário. Ela vê nas ruínas das igrejas e nos destroços das lápides não só uma prova da transitoriedade desta vida, mas também do apagamento de uma segunda existência post-mortem: "Assim como sobre os homens, também sobre os monumentos, o tempo não abdica de seu direito". Partindo do ensaio de Walter Benjamin sobre as Afinidades eletivas e trazendo para as reflexões outro magnum opus de Goethe, o Fausto, o artigo tece considerações sobre os aspectos de arte, renúncia e morte na obra do poeta alemão.Downloads
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Publicado
2012-07-01
Edição
Seção
Literatura/ Cultura - Literatur-/Kulturwissenschaft
Licença
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Como Citar
LASCH, Markus. "As suas obras o abandonam, como os pássaros o ninho em que foram chocados": sobre arte, renúncia e morte em As afinidades eletivas . Pandaemonium Germanicum, São Paulo, Brasil, v. 15, n. 19, p. 109–121, 2012. DOI: 10.1590/S1982-88372012000100006. Disponível em: https://revistas.usp.br/pg/article/view/39798.. Acesso em: 21 jul. 2024.