A virada interpretativa na metodologia de pesquisa de Clifford Geertz e Quentin Skinner
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2021.169928Palavras-chave:
Virada interpretativa, Contextualismo linguístico, Descrição densa, História das ideias, AntropologiaResumo
De preocupação teórica e de tratamento metodológico bibliográfico, este trabalho busca debater a influência dos pressupostos da virada interpretativa das ciências sociais nos anos 1960 nos postulados metodológicos de Clifford Geertz e Quentin Skinner. A análise revela uma série de profundas afinidades: o combate aos discursos positivistas hegemônicos de seus períodos, o resgate das lições dos teóricos compreensivos do século XIX reformuladas pelas contribuições da filosofia da linguagem, o afastamento das radicalizações contra o ideal da ciência em relação a outros interpretativistas e, finalmente, a proposição de projetos intencionalistas, contextualistas e interpretativistas de análise de seus objetos. Esses projetos estão fundamentalmente sedimentados nas propostas metodológicas da descrição densa, para a antropologia, e do contextualismo linguístico, para a história das ideias.
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