Produzir na reprodução: um olhar sobre a renovação da força de trabalho escrava no Brasil oitocentista
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2021.185974Palavras-chave:
economia-mundo capitalista, escravidão, força de trabalho, manuais de agricultura, teoria da reprodução socialResumo
Por meio de uma análise documental de manuais de agricultura brasileiros escritos no século XIX por senhores de escravos, procura-se identificar o caráter específico da reprodução social da escravidão. Argumenta-se que esse caráter está assente na união das esferas produtiva e reprodutiva, e não unicamente num modo de repor a força de trabalho escrava.
Downloads
Referências
ARRUZZA, Cinzia (2010). Feminismo e Marxismo: entre casamentos e divórcios. Lisboa: Edições Combate.
BHATTACHARYA, Thiti (2019). O que é a teoria da reprodução social?RevistaOutubro, n. 32, p. 99-113.
BLACKBURN, Robin (1988). The overthrow of Colonial Slavery 1776-1848. Londres/Nova York: Verso.
BLACKBURN, Robin (2016).“Por que segunda escravidão?”In: MARQUESE, Rafael; SALLES, Ricardo (Orgs). Escravidão e capitalismo histórico no século XIX: Cuba, Brasil e Estados Unidos. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira.
BURDEN-STELLY, Charisse (2020). Modern U.S. Racial Capitalism: some theoretical insights. MonthlyReview. Disponível em: https://monthlyreview.org/2020/07/01/modern-u-s-racial-capitalism/(acesso em 07/12/2021).
CARDOSO, Fernando Henrique (1977). Capitalismo e escravidão no Brasil meridional: o negro na sociedade escravocrata do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
CURCIO, Anna (2020). MarxistFeminismofRupture.Disponível em: https://viewpointmag.com/2020/01/14/marxist-feminism-of-rupture/(acesso em 07/12/2021).
FERGUSON, Susan; MCNALLY, David (2017). Capital, força de trabalho e relações de gênero. RevistaOutubro, n. 29, p. 25-59.
FOGEL, Robert; ENGERMAN, Stanley (1974). Time on the Cross. The Economics of American Slavery. Boston: Little, Brown and Company.
FONSECA, Antonio Caetano (1863). Manual do agricultor dos generosalimenticios, ou methodo da cultura mixta destes generos nas terras cansadas pelo systema vegeto-animal; modo de criar e tratar o gado; e um pequeno tratado de medicina domestica para os fazendeiros, seguido de uma exposição sobre a cultura do algodão herbaceo. Rio de Janeiro: Eduardo&Henrique Laemmert.
GONZALEZ, Lélia. “A mulher negra na sociedade brasileira: uma abordagem político-econômica”.In: RIOS, Flávia; LIMA, Márcia (Orgs). Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro, Zahar, 2020 (e-book), po. 747-1095.
JOHNSON, Walter (2004). The Pedestal and the Veil: Rethinking the Capitalism/Slavery Question. Journal of the Early Republic, v. 24, n. 2, p. 299-308.
MARINI, Rui Mauro (2000 [1973]). Dialética da Dependência: uma antologia da obra de Rui Mauro Marini. Petrópolis: Editora Vozes; Buenos Aires: Clacso.
MARQUESE, Rafael (2004).Feitores do corpo, missionários da mente: Senhores, letrados e o controle dos escravos nas Américas, 1660-1860. São Paulo: Companhia das Letras.
MARQUESE, Rafael (2008). Diáspora africana, escravidão e paisagem da cafeicultura no Vale do Paraíba oitocentista. Almanack Braziliense, São Paulo, v. 7, p. 138-52.
MARQUESE, Rafael; SALLES, Ricardo (2016). Escravidão e capitalismo histórico no século XIX: Cuba, Brasil e Estados Unidos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
MARQUESE; Rafael; PARRON, Tâmis (2011). Internacional escravista: a política da Segunda Escravidão. Topoi, v. 12, n.23, p. 97-117.
MARX, Karl (2011 [1867]). O Capital: crítica da economia política. São Paulo: Boitempo.
MARX, Karl (2004 [1844]). Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo.
MIES, Maria (2014 [1986]). Patriarchy and Accumulation on a World Scale: Women in the international division of labour. Londres: Zed Books.
MINTZ, Sidney (1978). Was the plantation slave a proletarian?Review, v. 2, n. 1, p. 81-98.
MORGAN, Jennifer (2004). Laboring women: reproduction and gender in the New World slavery. Pensilvânia: UniversityofPennsylvania Press.
PESSOA, Thiago (2017). “E depois da “Lei Eusébio”? Reprodução da escravidão e seus limites em um complexo de fazendas do vale do café (Rio de Janeiro, c. 1864-1888).Topoi, v. 18, n. 36, p. 465-89.
ROSA, Revista (2020). A questão racial no Brasil em perspectiva histórica. Rodas da Rosa, n.13, 2020. Disponível em: https://revistarosa.com/2/roda-a-questao-racial-no-brasil-em-perspectiva-historica(acesso em 07/12/2021).
SALLES, Ricardo (2008). E o Vale era o escravo: Vassouras, século XIX. Senhores e escravos no coração do Império. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
SINGH,Nikhil (2017). “OnRace, Violence, and ‘So-CalledPrimitiveAccumulation’”. In: JOHNSON, Theresa; LUBIN, Alex (eds.). Futures of Black Radicalism. Londres/Nova York: Verso.
TAUNAY, Carlos Augusto (2001 [1839]). Manual do Agricultor Brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras.
TOMICH, Dale (2011). Pelo Prisma da Escravidão: Trabalho, Capital e Economia Mundial. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
VERNEK, Francisco (1847). Memória sobre a fundação de huma fazenda na Província do Rio de Janeiro.Rio de Janeiro: Typographia Universal de Laemmert.
VOGEL, Lise (2013 [1983]). Marxism and the oppression of women: toward a unitary theory. Boston: Brill.
WALLERSTEIN, Immanuel (1974). O Sistema Mundial Moderno – A agricultura capitalista e as origens da economia-mundo europeia no século XVI. Porto: Edições Afrontamento.
WALLERSTEIN, Immanuel (1979). The Capitalist World-Economy. New York: Cambridge University Press.
WERNECK, Luis (1865 [1855]).Idéas sobre colonisação precedidas de uma succinta exposição dos principiosgeraes que regem a população. Rio de Janeiro: Eduardo&Henrique Laemmert.
WILLIAMS, Eric (1975 [1944]). Capitalismo e escravidão. Rio de Janeiro: Ed. Americana.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Política de direitos compartilhados
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Ao submeter seu trabalho à Plural, o autor concorda que: o envio de originais à revista implica autorização para publicação e divulgação, ficando acordado que não serão pagos direitos autorais de nenhuma espécie. Uma vez publicados os textos, a Plural se reserva todos os direitos autorais, inclusive os de tradução, permitindo sua posterior reprodução como transcrição e com devida citação de fonte. O conteúdo do periódico será disponibilizado com licença livre, Creative Commons - Atribuição NãoComercial- CompartilhaIgual –, o que quer dizer que os artigos podem ser adaptados, copiados e distribuídos, desde que o autor seja citado, que não se faça uso comercial da obra em questão e que sejam distribuídos sob a mesma licença (ver: http://www.creativecommons.org.br/).