A “moda” das aparelhagens: festa e cotidiano na capital paraense

Autores

  • Andrey Faro de Lima Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (EAUFPA)

DOI:

https://doi.org/10.11606/37hsrb50

Palavras-chave:

Festa, Aparelhagem, drama, performance, Belém do Pará

Resumo

Neste artigo desenvolvo observações acerca da dinâmica “evolutiva” das chamadas festas de aparelhagem, a partir de sua recente projeção em Belém do Pará, apresentando alguns aspectos concernentes à sua reprodução no contexto citadino, incluindo suas dimensões pública e estético-performática. Utilizo-me de teorias construídas no âmbito das Ciências Sociais sobre a função e o significado das expressões festivas, especialmente, no que diz respeito à relação entre festa e cotidiano. Por meio de tais considerações, delimitei heuristicamente um quadro composto por três aspectos mutuamente envolvidos: a) a dimensão estrutural do evento festivo, marcada pela ordem da diferenciação suntuosa (estética, plástica, dramática e performática), b) a reprodução pública, correspondente às estratégias publicitárias, às veiculações nos meios de comunicação locais e regionais e à divulgação e promoção dos elementos relativos ao primeiro aspecto e c) as redes de sociabilidades, esteticidades, códigos de identificação grupal, gramaticalidades, afetividades, devidamente representados ordinária e eventualmente.

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Publicado

2016-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Faro de Lima, A. (2016). A “moda” das aparelhagens: festa e cotidiano na capital paraense. Ponto Urbe, 19, 1-19. https://doi.org/10.11606/37hsrb50