Monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v0i21p26-49Palavras-chave:
Monumentalidade, cotidiano, naçãoResumo
Este artigo foi baseado na conferência realizada em Belo Horizonte, em 18/03/06, na qual o autor teceu considerações sobre arquitetura e nação:" É arquitetura tudo o que concerne à construção." (ARGAN, c1992). O valor cultural e ético do objeto responde ao grau de atendimento à demanda, que se relaciona com o planeta Terra, aos recursos escassos e à sobrevivência das pessoas. A arquitetura, o seu fazer e o seu ensino são analisados a partir do ato, a arte de construir, para atender às exigências sociais, ao público e ao privado, por meio dos processos históricos dos jogos de poder, no lugar e momento. Reduz-se a arquitetura à essência para descobrir, em cada caso, as raízes de sua emergência e compreender a responsabilidade do arquiteto na nova sociedade de massas, ao ingressarmos neste" novo período popular da História" (SANTOS; SOUZA, c1998). Sugere-se a seguinte seqüência de procedimentos como caminho de conhecimento e apoio ao livre desenvolvimento da invenção: 1) O dimensionamento preliminar do problema a resolver para a escolha e o conhecimento completo do lugar, tarefas do arquiteto, do cliente, da sociedade e do governo; 2) a identificação e compreensão do programa de edificações para o lugar; 3) estudo das atividades, fluxos, quantidade, qualidade e articulação de espaços que emanam dos desejos, em conflito, das pessoas, conciliados em necessidades sociais e traduzidos em programas de edificações, privados ou públicos; 4) análise gráfica dos subsistemas setoriais de espaços associados por afinidades, tendo em vista sua disposição e organização, no lugar; 5) trabalho da construção rigorosa da arquitetura, que é, finalmente, matéria e forma; Ressaltando-se: 6) a necessidade de ampliar a oferta de informações sobre os problemas localizados de arquitetura a resolver, de organizar a participação pontual e efetiva das pessoas na discussão nos projetos e obras de seu interesse, contrariamente às reuniões" assembleiais" e participativas; 7) a ampliação de oportunidades para que o maior número de arquitetos possa participar da construção do país, o que implica nova política de sua contratação pelo poder público. Ao final são apresentados três projetos que ilustram a participação do arquiteto no fazer arquitetura no Brasil: 1) Plano Piloto de Brasília, 1957; 2) a cidade de Caraíba (Pilar), Jaguarari, BA, 1978; e 3) Projeto Bicocca, Milão, Itália, 1987.Downloads
Referências
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