Da inconstância da fortuna. A teoria e a metodologia do restauro em contexto Europeu
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.posfau.2019.148965Palabras clave:
História do restauro, Teoria do restauro, Conservação em contexto europeu, Patrimônio edificado, Escola romana de restauroResumen
O restauro do patrimônio edificado na Europa ocidental evoluiu de um entendimento inicial agarrado à marca da reconstrução estilística e da conservação a qualquer custo para políticas de tutela e estratégias de gestão patrimonial que implicam um julgamento equilibrado de diversos valores e recursos. Este texto começa por explorar alguns aspetos históricos e conceptuais do restauro e o aparecimento e o desenvolvimento da tutela do patrimônio tal como é entendida hoje na Europa, percorrendo vários contributos teóricos, de forma a delinear variações significativas do suporte teórico e das metodologias de intervenção correlacionadas. Não reentra nos objetivos desta sintética “aproximação ao restauro” o aprofundamento exaustivo da sua gênese e das práticas patrimoniais em contexto europeu – a bibliografia nesta matéria é extensa e atual –, mas apenas evoca alguns momentos determinantes na evolução da sua organização teórica e prática. O formato do texto impõe uma escolha limitada de atores e estudos referenciados, forçosamente arbitrária.
Descargas
Referencias
AMARAL, Ronaldo. O fim do(s) tempo(s) como o fim da História: uma discussão sobre as mutações da concepção e percepção do Tempo entre o último período antigo e o advento do Cristianismo. Mirabilia 11, Barcelona, n. 2, p. 156-168, 2010. Disponível em: http://bit.ly/2QHAdyD. Acesso em: 2 jun. 2018.
BELLINI, Amedeo et al. Che cos’è il restauro? Nove studiosi a confronto, da un’idea di B. Paolo Torsello. Venezia: Marsilio, 2005.
BENEVOLO, Leonardo. Introduzione all’architettura. 20. ed. Bari: Laterza, 2001.
BOITO, Camillo. I Restauratori. Firenze: G. Barbera, 1884.
BOITO, Camillo. Questioni pratiche di belle arti: Restauri, concorsi, legislazione, professione, insegnamento. Milano: U. Hoepli, 1893.
BONELLI, Renato. Architettura e restauro. Venezia: Neri Pozza, 1959.
BONELLI, Renato. Verbete Restauro (Il restauro architettonico). In: BRANDI, Cesare et al., Enciclopedia Universale dell’Arte. Venezia: Istituto Per La Collaborazione Culturale, 1963. v. 11. Disponível em: http://bit.ly/2KJ9j5A. Acesso em: 12 maio 2018.
BONELLI, Renato. Restauro anni’ 80: tra restauro critico e conservazione integrale. In: BENEDETTI, Sandro; MIARELLI MARIANI, Gaetano (ed.). Saggi in onore di Guglielmo De Angelis d’Ossat. Roma: Multigrafica, 1985. p. 511-516.
BRANDI, Cesare. Teoria del restauro. 2 ed. Torino: Einaudi; Roma: Edizioni di Storia e Letteratura, 2000. (Edição original: 1963).
CABRAL, Renata Campello; ANDRADE, Carlos Roberto Monteiro. Roberto Pane: entre história e restauro, arquitetura, cidade e paisagem. Risco, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 105-111, 2012.
CARBONARA, Giovanni. Avvicinamento al restauro: Teoria, storia, monumenti. Napoli: Liguori, 1997.
CARBONARA, Giovanni. Il restauro del moderno come problema di metodo. Parametro, Roma, ano 36, n. 266, p. 21-25, 2006.
CARBONARA, Giovanni. An Italian contribution to architectural restoration. Frontiers of Architectural Research, Amsterdam, v. 1, n. 1, p. 2-9, 2012.
CARTA de Veneza: sobre a conservação e o restauro de monumentos e sítios. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUITETOS E TÉCNICOS DE MONUMENTOS HISTÓRICOS, 2., 1964, Veneza. Cartas e Convenções Internacionais sobre Património. Lisboa: Património Cultural, 2014. Disponível em: http://bit.ly/2QDOH2y. Acesso em: 12 maio 2018.
CESCHI, Carlo. Teoria e storia del restauro. Roma: Mario Bulzoni, 1970.
CHOAY, Françoise. A alegoria do património. Tradução de Teresa Castro. Lisboa: Edições 70, 2000.
CHOAY, Françoise. As questões do património: Antologia para um combate. Tradução de Luís Filipe Sarmento. Lisboa: Edições 70, 2011.
COOK, Edward Tyas; WEDDERBURN, Alexander. Introduction. In: COOK, Edward Tyas; WEDDERBURN, Alexander (ed.). The complete works of John Ruskin: unto this last, munera pulveris, time and tide, with other writings on political economy, 1860-1873. v. 17. London: George Allen, 1905. p. 19-115.
CUNHA, Claudia dos Reis. Restauração: diálogos entre teoria e prática no Brasil nas experiências do Iphan. 2010. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: http://bit.ly/2rg9kas. Acesso em: 2 jun. 2018.
DEZZI BARDESCHI, Marco. Restauro: due punti e da capo: frammenti per una (impossibile) teoria. 3. ed. Milano: Franco Angeli, 1994.
DEZZI BARDESCHI, Marco. Conservar, no restaurar: Hugo, Ruskin, Boito, Dehio et al: Breve historia y sugerencias para la conservación en este milenio. Loggia, Arquitectura & Restauración, Valencia, n. 17, p. 16-35, 2005a.
DEZZI BARDESCHI, Marco. Che cos’è il restauro. In: BELLINI, Amedeo et al. Che cos’è il restauro? Nove studiosi a confronto, da un’idea di B. Paolo Torsello. Venezia: Marsilio, 2005b. p. 37-40.
DI STEFANO, Roberto. John Ruskin: Interprete dell’architettura e del restauro. Napoli: Edizioni Scientifiche Italiane, 1969.
GREMENTIERI, Fabio. The preservation of nineteenth and twentieth century heritage. In: OERS, Ron van; HARAGUCHI, Sachiko (ed.). World Heritage papers, 5: identification and documentation of modern heritage. Paris: Unesco/WHC, 2003. p. 81-89. Disponível em: http://bit.ly/2rf3K8a. Acesso em: 2 jun. 2018.
HODJAT, Mahdi. Conservation of conservation methods. In: STANLEY-PRICE, Nicholas; KING, Joseph (ed.). Conserving the authentic: essays in honour of Jukka Jokilehto. Roma: ICCROM, 2009. p. 117-123.
JOKILEHTO, Jukka. Alois Riegl e Cesare Brandi nel loro contesto culturale. In: ANDALORO, Maria (org.). La teoria del restauro del Novecento da Riegl a Brandi: atti del Convegno Internazionale di Studi (Viterbo, 12-15 novembre 2003). Firenze: Nardini, 2006. p. 51-57.
JONES, Siân. Negotiating authentic objects and authentic selves: beyond the deconstruction of authenticity. Journal of Material Culture, London, v. 15, n. 2, p. 181‐203, 2010.
JOY, Charlotte. “Enchanting town of mud”: Djenné, a world heritage site in Mali. In: ROWLANDS, Michael; DE JONG, Ferdinand (ed.). Reclaiming heritage: alternative imaginaries of memory in West Africa. University College London: Left Coast Press, 2007. p. 145-160.
KÜHL, Beatriz Mugayar. Ética e responsabilidade social na preservação do património cultural. In: CONGRESSO DA ABRACOR, 13., 2009, Porto Alegre. Anais […]. Rio de Janeiro: Abracor, 2009a. Disponível em: http://bit.ly/2D9rzAU. Acesso em: 2 jun. 2018.
KÜHL, Beatriz Mugayar. Preservação do patrimônio arquitetônico da industrialização: problemas teóricos de restauro. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009b.
KÜHL, Beatriz Mugayar. Notas sobre a Carta de Veneza. Anais do Museu Paulista, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 287-320, 2010. Disponível em: http://bit.ly/2qC8ftt. Acesso em: 2 jun. 2018.
MERAZ AVILA, Fidel Alejandro. Architecture and temporality in conservation philosophy: Cesare Brandi. 2008. Tese (Doutorado em Arquitetura) – University of Nottingham, Nottingham, 2009. Disponível em: http://bit.ly/2D92Xs6. Acesso em: 2 jun. 2018.
MINISTERO DELLA PUBBLICA ISTRUZIONE. Carta del Restauro 1972. Circolare Ministero della Pubblica Istruzione, Roma, n. 117, 6 abr. 1972. Disponível em: http://bit.ly/35nEkEb. Acesso em: 12 maio 2018.
NDORO, Webber; CHIRIKURE, Shadreck. Developments in the practice of heritage management in sub-Saharan Africa. In: STANLEY-PRICE, Nicholas; KING, Joseph (ed.). Conserving the authentic: essays in honour of Jukka Jokilehto. Roma: ICCROM, 2009. p. 69-76.
PANE, Roberto. Passaggio dall’idea del monumento isolato a quella dell’insieme storico-artistico. In: PANE, Roberto. Attualità dell’ambiente antico. Firenze: La Nuova Italia, 1967. p. 84-93.
PANOFSKY, Erwin. Renascimento e Renascimentos na Arte Ocidental. Tradução de Fernando Neves. Lisboa: Presença, 1981.
PESSÔA, José. A arquitetura como documento. In: ROSSA, Walter; RIBEIRO, Margarida Calafate (org.). Patrimónios de influência portuguesa: Modos de olhar. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra: Fundação Calouste Gulbenkian, 2015. p. 453-475.
PEVSNER, Nikolaus. Ruskin and Viollet-Le-Duc: Englishness and Frenchness in the appreciation of Gothic architecture. London: Thames and Hudson, 1969.
PHILIPPOT, Albert; PHILIPPOT, Paul. Le problème de l’intégration des lacunes dans la restauration des peintures. Bulletin de l’Institut Royal du Patrimoine Artistique, Bruxelles, v. 2, p. 5-19, 1959.
RAKOTOMAMONJY, Bakonirina (ed.). Protection juridique du patrimoine culturel immobilier: orientations pour les pays Francophones de l’Afrique Subsaharienne. Roma: ICCROM, 2009.
RIEGL, Alois. Progetto di un’organizzazione legislativa della tutela dei monumenti in Austria. In: SCARROCCHIA, Sandro (ed.). Alois Riegl: teoria e prassi della conservazione dei monumenti: antologia di scritti, discorsi, rapporti 1898‐1905, con una scelta di saggi critici. Tradução de Ursula Layr, Sandro Scarrocchia e Renate Trost. 2. ed. Bologna: Gedit, 2003. p. 171-236. (Edição original: 1903).
RIEGL, Alois. Il culto moderno dei monumenti: il suo carattere e i suoi inizi. Tradução de Renate Trost e Sandro Scarrocchia. In: SCARROCCHIA, Sandro (ed.). Milano: Abscondita, 2011. (Edição original: 1903).
RUSKIN, John. Sesame and Lilies. 9. ed. London: George Allen, Sunnyside, Orpington, 1894.
RUSKIN, John. Unto this last, munera pulveris, time and tide, with other writings on political economy, 1860-1873. In: COOK, Edward Tyas; WEDDERBURN, Alexander (ed.). The complete works of John Ruskin. London: George Allen, 1905. v. 17.
RUSKIN, John. The stones of Venice: introductory chapters and local indices for the use of travellers while staying in Venice and Verona. Leipzig: Bernhard Tauchnitz, 1906. 2 v. (Edição original: 1851-1853).
RUSKIN, John. The seven lamps of architecture. Leipzig: Bernhard Tauchnitz, 1907a. (Edição original: 1849).
RUSKIN, John. Guild and museum of St. George: reports, catalogues, and other papers. In: COOK, Edward Tyas; WEDDERBURN, Alexander (ed.). The complete works of John Ruskin. London: George Allen, 1907b. v. 30.
RUSKIN, John. Le sette lampade dell’architettura. Tradução de Renzo Massimo Pivetti. 6. ed. Milano: Jaca Book, 2007. (Edição original: 1849).
SETTE, Maria Piera. Profilo Storico. In: CARBONARA, Giovanni (ed.). Trattato di restauro. Torino: Utet, 1996. p. 109-299. v. 1.
SETTE, Maria Piera. Il Restauro in architettura: Quadro Storico, saggio introduttivo di Gaetano Miarelli Mariani. Torino: Utet Libreria, 2001.
SCARROCCHIA, Sandro (ed.). Alois Riegl: teoria e prassi della conservazione dei monumenti: antologia di scritti, discorsi, rapporti 1898‐1905, con una scelta di saggi critici. 2. ed. Bologna: Gedit, 2003. (Coleção Saggi Arte).
SCARROCCHIA, Sandro. La ricezione della Teoria della Conservazione di Riegl fino all’apparizione della Teoria di Brandi. In: ANDALORO, Maria (ed.). La teoria del restauro del Novecento da Riegl a Brandi: atti del Convegno Internazionale di Studi (Viterbo, 12-15 novembre 2003). Firenze: Nardini, 2006. p. 35-50.
SCARROCCHIA, Sandro. La Teoria dei Valori Confliggenti dei Monumenti di Alois Riegl. In: SCARROCCHIA, Sandro (ed.); RIEGL, Alois. Il culto moderno dei monumenti: il suo carattere e i suoi inizi. Milano: Abscondita, 2011. p. 75-141.
TORSELLO, Benito Paolo. Che cos’è il restauro? In: BELLINI, Amedeo et al. Che cos’è il restauro? Nove studiosi a confronto, da un’idea di B. Paolo Torsello. Venezia: Marsilio, 2005. p. 9-17.
VIOLLET-LE-DUC, Eugène-Emmanuel. Restauration. In: VIOLLET-LE-DUC, Eugène-Emanuel. Dictionnaire raisonné de l’architecture française du XIe au XVIe siècle. Paris: A. Morel, 1869. p. 14-34. v. 8.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
La revista Pós. del programa de postgrado FAUUSP está licenciada con una licencia Creative Commons Attribution 4.0 International License.
El titular de los derechos de autor es el autor del artículo. La revista Pós. sólo exige que la publicación del artículo sea inédita. El autor tiene el derecho de divulgar su artículo según su conveniencia debiendo citar la revista.
La revista Pós. autoriza la republicación de sus artículos desde que debidamente citada fuente y autoría.
DIADORIM - Diretório de Políticas Editoriais