Pensar as crises com Hannah Arendt
Um exercício de pensamento sobre educação, política e pandemia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2594-5920.primeirosescritos.2021.178945Palavras-chave:
crise; educação; política; pandemia; Hannah ArendtResumo
Com a pandemia do novo Coronavírus, a palavra crise tem sido amplamente utilizada no debate público. Nosso objetivo consiste em propor uma reflexão sobre a crise na educação do Brasil e seus efeitos para o campo das humanidades sob a luz dos conceitos de política, educação e crise em Hannah Arendt. Este artigo, deste modo, tem como horizonte de suas reflexões pensar o sentido das humanidades como prática educativa na experiência escolar frente a atual problemática posta ao campo. Por meio de uma investigação do sentido ético da prática educativa, apresentamos um contraponto às atuais discursividades pedagógicas em vigor no debate público. Colocaremos em questão a noção de isolamento, palavra que ganhou destaque com a pandemia, mas que propomos interpretar a partir do arcabouço conceitual de Arendt como um fenômeno anterior a ela e que possui efeitos sensíveis para a educação e para a política na medida em que seria o produto do desaparecimento do senso comum.
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