“Somos uma mistura”: notas sobre fronteira e (não)pertencimento em Gloria Anzaldúa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1676-6288.prolam.2025.233243Palabras clave:
Feminismo chicano, Teoría queer poscolonial, Identidad fronteriza, Mestizaje, (No)PertenenciaResumen
El presente texto consiste en una reseña de la obra maestra Borderlands / La Frontera: The New Mestiza (1987), de Gloria Anzaldúa, con el objetivo de destacar su relevancia en los estudios culturales, poscoloniales, feministas e interseccionales. Anzaldúa, intelectual lesbiana y chicana, articula conceptos innovadores sobre frontera, mestizaje y pertenencia, rompiendo con las epistemologías binarias occidentales. La autora rechaza la reducción de subjetividades complejas a categorías fijas, defendiendo el mestizaje como una práctica de traducción cultural y una forma de resistencia frente a la colonialidad. Su visión amplía la noción de diferencia, incorporando las intersecciones de raza, género y sexualidad en un “tercer espacio” de identidad. Además, Anzaldúa aproxima el ser queer a un acto de rebelión contra las estructuras normativas, vinculándolo a sus vivencias como mujer chicana y lesbiana. Finalmente, la obra propone la creación de nuevos sistemas simbólicos que desafíen la colonialidad, al proponer una cultura de frontera que abrace la complejidad y las contradicciones del (no)pertenecer — ni plenamente a la cultura nativa, ni a la estadounidense, ni a los patrones heteronormativos, ni a las categorías raciales occidentalizadas. Así, esta reseña recorre la obra en su totalidad, apoyándose también en otros intelectuales, con el fin de enfatizar la contribución transformadora de Gloria Anzaldúa al pensamiento poscolonial y feminista contemporáneo.
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Referencias
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