Lacan e o feminismo francês: a história de uma (não) relação

Autores

  • Rafael Kalaf Cossi Universidade de São Paulo-USP

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-6564e180043

Palavras-chave:

feminismo francês, psicanálise lacaniana, diferença dos sexos, não relação

Resumo

Este trabalho apresenta as teorias empreendidas pelas feministas francesas dos anos 1970, notadamente a respeito do uso e da interpretação que fizeram da psicanálise lacaniana, assim como o que consideramos ter sido a postura epistemológica que Lacan adota nesse momento. Fortemente marcadas por Derrida e o pósestruturalismo, Irigaray e Cixous tecem suas críticas ao arsenal teórico psicanalítico supostamente condizente com o modelo patriarcal, ao passo que concebem um tipo de escrita subversiva com aspirações políticas. Também nesse intuito, Montrelay e Kristeva pretendem oferecer uma sustentação teórica consistente com o movimento. Já Wittig, marcada pelo marxismo, lê os conceitos lacanianos como determinados pela mentalidade heterossexual enquanto regime político. Sustentamos que Lacan, atento ao entusiasmo feminista do período, opta por desenvolver sua teoria da sexuação e se dedica à formalização do aforismo “Não há relação sexual”.

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Biografia do Autor

  • Rafael Kalaf Cossi, Universidade de São Paulo-USP

    Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia. São Paulo, SP, Brasil

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Publicado

2022-09-16

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Lacan e o feminismo francês: a história de uma (não) relação. (2022). Psicologia USP, 31, e180043. https://doi.org/10.1590/0103-6564e180043