Práticas de saúde e subjetivação: a emergência do sujeito previdenciário

Autores

  • Diego Rafael Betti Russo Universidade de São Paulo-USP
  • Adriana Marcondes Machado Universidade de São Paulo-USP

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-6564e180092

Palavras-chave:

subjetividade, saúde, risco, futuro, sujeito previdenciário

Resumo

Na trilha histórica da relação dos sujeitos com a saúde, interessa-nos analisar os processos de subjetivação neste percurso e as variações nas práticas de saúde modernas. Partimos da bibliografia de pensadores da subjetividade/saúde e forjamos uma pequena história das práticas de saúde no século XX: no início do século, a saúde tem o corpo como objeto; décadas depois, agrega-se o fator risco, tornando os modos de viver objeto de controle; o avanço da ciência molecular no final do mesmo século engendra uma ambivalência à saúde, quando torna o sujeito virtualmente doente pelo risco iminente da contingência genética, e a própria tecnociência promete prever, prevenir e modificar essa condição. Nosso ponto de chegada sugere a emergência de uma noção previdenciária de saúde como um imperativo: produzir saúde incessantemente no presente para diminuir o risco e garantir mais-vida futura. Forjar-se-ia uma subjetividade previdenciária que atualiza a forma moderna de sujeito?

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Biografia do Autor

  • Diego Rafael Betti Russo, Universidade de São Paulo-USP

    Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia. São Paulo, SP, Brasil

  • Adriana Marcondes Machado, Universidade de São Paulo-USP

    Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia. São Paulo, SP, Brasil

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Publicado

2022-09-16

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Práticas de saúde e subjetivação: a emergência do sujeito previdenciário. (2022). Psicologia USP, 31, e180092. https://doi.org/10.1590/0103-6564e180092