O corpo encontra Apolo e Dionísio: potências e fragilidades

Autores

  • Vilene Moehlecke Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Tania Mara Galli Fonseca Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642008000300007

Palavras-chave:

Corpo, Arte, Estética, Conhecimento

Resumo

Pretendemos problematizar o corpo que não agüenta mais e suas relações com a estética. Primeiramente, pensamos a dimensão apolíneo-dionisíaca da Arte, como refere Nietzsche. Assim, Apolo nos remete às belas formas, à técnica na dança, enquanto Dionísio significa a embriaguez, os riscos e as intensidades. A dança contemporânea se faz a partir do entrelaçamento entre ambos, potencializando os paradoxos do corpo. Nesse sentido, não agüentar mais exprime uma potência do corpo, uma capacidade de não agüentar mais as velhas formas e produzir novas alterações. Ítalo Calvino pensa a literatura como composição de novas expressividades. Então, o corpo que escreve pode não agüentar mais as velhas palavras para criar novos sentidos e novas linguagens. Por fim, discutimos o quanto as práticas psi estão buscando não agüentar mais as próprias durezas, as antigas verdades, os mesmos fazeres, para compor novas intervenções e novos conhecimentos.

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Publicado

2008-09-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O corpo encontra Apolo e Dionísio: potências e fragilidades. (2008). Psicologia USP, 19(3), 375-392. https://doi.org/10.1590/S0103-65642008000300007