Para onde foram os bebês? Em busca de uma Antropologia de bebês (e de seus cuidadores)

Autores

  • Alma Gottlieb University of Illinois; Department of Anthropology

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642009000300002

Palavras-chave:

Bebês, Antropologia, Teoria social, África Ocidental

Resumo

Em quase toda a literatura antropológica bebês são frequentemente negligenciados, como se estivessem fora do escopo tanto do conceito de cultura quanto dos métodos da disciplina. Este artigo propõe seis razões para essa exclusão dos bebês da discussão antropológica: as memórias e o status parental do próprio antropólogo, a questão problemática da agência dos bebês e sua suposta dependência de outras pessoas, suas rotinas ligadas às mulheres, sua aparente incapacidade de comunicação, sua propensão inconveniente a vazar através de vários orifícios, e seu aparente baixo grau de racionalidade. A investigação de como os bebês são concebidos fora do mundo ocidental industrializado pode nos levar a percebê-los de uma forma bastante diferente da entendida no Ocidente (inclusive por antropólogos). O confronto entre esses dados comparativos sugere a importância de se considerar os bebês sujeitos relevantes e benéficos para os objetivos da Antropologia.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2009-09-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Para onde foram os bebês? Em busca de uma Antropologia de bebês (e de seus cuidadores). (2009). Psicologia USP, 20(3), 313-336. https://doi.org/10.1590/S0103-65642009000300002