“Se oriente, rapaz!”: Onde ficam os antropólogos em relação a pastores, geneticistas e tantos “outros” na controvérsia sobre as causas da homossexualidade?

Autores

  • Peter Fry Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Sérgio Carrara Universidade Estadual do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2016.116920

Palavras-chave:

Homossexualidade, genética, pentecostalismo, Brasil.

Resumo

Neste ensaio abordamos a controvérsia motivada por uma entrevista, nacionalmente veiculada por importante canal de televisão brasileiro. Nela, um eminente pastor pentecostal negava haver qualquer base biológica para o que se referia como homossexualismo, recomendando que “pacientes” homossexuais se convertessem ao heterossexualismo. Diferentes atores sociais do campo religioso (evangélico) e científico (genética/biologia) manifestaram-se então sobre as possíveis causas da homossexualidade. Examinamos a repercussão dessa controvérsia entre antropólogos e ativistas LGBT e revisitamos a clássica oposição, trazida à tona por ela, entre perspectivas essencialistas e construtivistas nos estudos sobre a sexualidade. Sugerimos, finalmente, que o próprio conflito entre tais perspectivas deva ser entendido como parte do problema a ser analisado em futuras  pesquisas antropológicas.

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Publicado

2016-06-28

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Fry, P., & Carrara, S. (2016). “Se oriente, rapaz!”: Onde ficam os antropólogos em relação a pastores, geneticistas e tantos “outros” na controvérsia sobre as causas da homossexualidade?. Revista De Antropologia, 59(1), 258-280. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2016.116920