Os que insistem
DOI:
https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.228131Palavras-chave:
Mortos á obra, Vinciane Despret, ResenhaResumo
A filósofa belga Vinciane Despret (1959) adiciona à sua produção intelectual um novo livro sobre as relações entre os vivos e os mortos. Anteriormente, ela explorou esse tema em À Saúde dos Mortos: Relatos de Quem Fica (2021), publicado pela editora Cactus, e agora apresenta ao leitor Mortos à Obra (2024), pela mesma editora. O próprio título sugere o núcleo do livro. Ao alterar a frase coloquial "mãos à obra", Despret condensa e antecipa o material que oferece ao leitor: produções artísticas que são demandadas após um falecimento, seja recente ou distante no tempo. Mortos à Obra é um livro composto por cinco histórias, todas conectadas pela produtividade dos mortos. Despret descreve e historiciza a "insistência" dos "mortos em comum" e as obras a eles atribuídas. Os eventos narrados aqui têm como protagonistas vítimas de feminicídio, acidentes de trânsito, guerra, sistema judicial e terrorismo. Mesmo que esses mortos não estejam mais entre os vivos—a afirmação é apenas parcialmente verdadeira—sua insistência dá origem a jardins, obras plásticas, arquitetônicas e peças musicais.
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Referências
COLLIN, Jean-Damien. 2018. “Los nuevos patrocinadores: la creación como cuestión democrática”. Nectar, 1 (6): 118-115. https://www.cairn.info/revue-nectart-2018-1-page-108.htm?contenu=article
DESPRET, Vinciane. [2023] 2024. Muertos a la obra. Buenos Aires, Editorial Cactus.
ESPRET, Vinciane. 2015] 2021. A la salud de los muertos. Relatos de quienes quedan. Buenos Aires, Editorial Cactus.
LOS NUEVOS PATROCINADORES: http://www.nouveauxcommanditaires.eu/fr/
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