In the plots of the magic potion: psychotropic rrugs and creativity in a Rio de Janeiro psychiatric hospital

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2020.171315

Keywords:

Psychopharmacology, Biopolitics, Mental Health, Psychiatry, Medicines

Abstract

This paper proposes to map some disputes about the use and the efficacy of drugs — psychotropic drugs, in particular — as a form of psychiatric treatment. It operates from three axes: 1. genealogy of the rise of pharmaceutical industry and psychopharmacology from the middle of the 20th century; 2. ethnography at the Nise da Silveira Mental Health Institute, in Rio de Janeiro; 3. discussion about the effects of biopolitics in the second postwar period, involving science, biomedicine, society and power. It is argued that the notion of agency can offer a better understanding of the controversies that emerge from this plot, shifting the understanding of the medicine as a predetermined object to the relations that cross it and constitute it.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Felipe Magaldi, Instituto de Antropologia de Córdoba (IDACOR/CONICET)
    Felipe Magaldi é graduado em Ciências Sociais pelo IFCS/UFRJ, mestre em Antropologia pela UFF e doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ. Realizou pós-doutorado na Universidad Nacional de Córdoba-IDACOR/CONICET. Desenvolve pesquisas nas áreas de saúde mental, memória social e direitos humanos. A pesquisa foi realizada com apoio financeiro da FAPERJ.

References

AKRICH, Madeleine. 1995. “Petite Anthropologie du Médicament”. Techniques et Culture, n. 25- 26: 129-157.

AKRICH, Madeleine. 1996. “Le Médicament Comme Objet Technique”. Revue Internationale de Psychopathologie, n. 21: 135-158.

APPADURAI, Arjun. 2008. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói, Ed. UFF.

AZIZE, Rogério Lopes. 2008. “Uma neuro-weltanshauung? Fisicalismo e subjetividade na divulgação de doenças e medicamentos do cérebro”. Mana – Estudos de Antropologia Social, n.14(1): 07-30.

APPADURAI, Arjun. 2012. “Antropologia e medicamentos: uma aproximação necessária”. Revista de Antropologia Social dos Alunos do PPGAS-UFSCar, v.4, n.1, jan.-jun.: 134-139.

BEZERRA Jr., Benilton. 2007. “Da contracultura à sociedade neuroquímica: psiquiatria e sociedade na virada do século. In: ALMEIDA, M. I. M.; NEVES, S. C.. (org.). Por que não? rupturas e continuidades da contracultura. Rio de Janeiro, 7 Letras, pp. 129-154.

CASTRO, Rosana. 2012. “Antropologia dos medicamentos: uma revisão teórico metodológica”. Revista de Antropologia Social dos Alunos do PPGAS-UFSCar, v.4, n.1, jan.-jun.: 46-175.

CLARKE, Adele et al. 2010 Biomedicalization: Technoscience, Health, and Illness in the U.S. Durham & London, Duke University Press.

CONRAD, Peter. 1992. “Medicalization and Social Control”. Annual Review of Sociology, vol. 18: 209-232.DELEUZE, Gilles. 2008. “Pós-scriptum sobre as sociedades de controle”. Conversações (1972- 1990). São Paulo, Editora 3.

DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. 1997. Mil mesetas. Capitalismo y esquizofrenia. Valencia, Pré-textos.

DERRIDA, Jacques. 2005. A Farmácia de Platão. São Paulo, Iluminuras.

FOUCAULT, Michel. 1997. História da Loucura Na Idade Clássica. São Paulo, Perspectiva.

FOUCAULT, Michel. 1989. Microfísica do poder. Rio de Janeiro, Graal.

FOUCAULT, Michel. 2004. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro, Forense Universitária.

FOUCAULT, Michel. 2009. “Direito de morte e poder sobre a vida”. In: FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro, Ed. Graal, pp. 144-176.

HARAWAY, Donna. 2000. “O Manifesto Ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX”. In: HARAWAY, Donna; KUNRU, Hari; TADEU, Tomaz (org.). Antropologia do Ciborgue: vertigens do pós-humano. Belo Horizonte, Autêntica, pp. 37-130.

HEALY, David. 2002. The Creation of psychopharmacology. Cambridge, Harvard University Press.

HENNING, Marta. 2000. “Neuroquímica da Vida Cotidiana.” Cadernos IPUB VI(18): 123-143.

IGNACIO, Vivian Tatiana Galvão & NARDI, Henrique Caetano. 2007. “A medicalização como estratégia biopolítica: um estudo sobre o consumo de psicofármacos no contexto de um pequeno município do Rio Grande do Sul”. Psicol. Soc., Porto Alegre , v. 19, n. 3: 88-95.

KOPYTOFF, Igor. 2008. “A biografia cultural das coisas: a mercantilização como processo”. In: APPADURAI, A. (org.). A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói, Ed. UFF, pp. 89 –124.

LARA, Oliver Gabriel Hernández. 2018. “Experiencia e historia crítica de la locura en Michel Foucault”. Rev. Asoc. Esp. Neuropsiq; 38(133): 99-113.

LATOUR, Bruno. 1994 Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro, Ed. 34.

LATOUR, Bruno. 2005.Reassembling the Social. An Introduction to Actor–Network. Theory. Oxford. Oxford UP.

MAGALDI, Felipe Sales. 2014. Frestas Estreitas: uma etnografia no Museu de Imagens do Inconsciente. Niterói, dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense.

MAGALDI, Felipe Sales. 2018. A Unidade das Coisas: Nise da Silveira e a genealogia de uma psiquiatria rebelde no Rio de Janeiro, Brasil. Rio de Janeiro, tese de doutorado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

MANICA, Daniela Tonelli. 2012. “A vida social dos medicamentos: etnografias e escolhas”. Revista de Antropologia Social dos Alunos do PPGAS-UFSCar, v.4, n.1, jan.-jun.:176-188.

MELONI, Maurizio. 2011. “The cerebral subject at the junction of naturalism and antinaturalism”. In: ORTEGA, F.; VIDAL, F. (orgs). Neurocultures: Glimpes into an expanding universe. Frankfurt e Nova York, Peter Lang, pp. 110–115.

PETRYNA, Adriana; LAKOFF, Andrew & KLEINMAN, Arthur. 2007. Global Pharmaceuticals: ethics, markets, practices. Durham, Duke University Press.

PIGNARRE, Philippe. 2001. O que é o medicamento? Um objeto estranho entre ciência, mercado e sociedade. São Paulo, 34.

PIGNARRE, Philippe. 2012. “A Revolução dos antidepressivos e da medida”. Revista de Antropologia Social dos Alunos do PPGAS-UFSCar: Dossiê: Antropologia & Medicamentos, v.4, n.1, jan.-jun.: 140-145.

PRECIADO, Beatriz. 2008. Testo Yonqui. Madrid, Espasa.

RABINOW, Paul & ROSE, Nikolas. 2006. “O conceito de biopoder hoje”. Política & Trabalho - Revista de Ciências Sociais, n. 24: 27- 57.

ROSE, Nikolas. 2013. A política da própria vida: biomedicina, poder e subjetividade no século XXI. São Paulo, Paulus.

VAN DER GEEST Sjaak; WHITE, Susan Reynolds; HARDON, Anita. 1996. “The Anthropology of Pharmaceuticals: A Biographical Approach”. Annual Review of Anthropology, v. 25: 153-178.

VARGAS, Eduardo Viana. 2006. “Uso de drogas: a alter-ação como evento”. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, v. 49, n. 2: pp. 581-623. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27244

VARGAS, Eduardo Viana. 2008. “Fármacos e outros objetos sócio-técnicos: notas para uma genealogia das drogas”. In: LABATE, B.C.; GOULART, S.; FIORE, M.; MACRAE, E.; Carneiro, H. (Org.). Drogas e cultura: novas perspectivas. Salvador: EDUFBA, v. 1: 41-63.

Published

2020-06-22

Issue

Section

Articles

How to Cite

Magaldi, F. (2020). In the plots of the magic potion: psychotropic rrugs and creativity in a Rio de Janeiro psychiatric hospital. Revista De Antropologia, 63(2), e146007. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2020.171315