"What do I write here, teacher?”: Notes on the meanings of racial classification (self and hetero) in affirmative action policies
DOI:
https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2020.178854Keywords:
Self-declared, hetero-classification, racial quota, systematic suspicionAbstract
The article reflects the procedures of Universidade Federal Fluminense during the registration of approved students by SISU in 2018. In compliance with law nº. 12990/2014 e Orientação Normativa nº 3, de 01/08/2016, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão instituting mandatory commissions for the assessment of self-declared black and indigenous candidates, we conducted one of these examining boards. Reserving vacancies in competitions is a historical demand of black movements, creating public policies of affirmative action. It is intended to problematize how the regulation of racial quotas is positive as a public policy because it recognizes racism as structuring inequalities in Brazil. However, this proves to be a social technology based on systematic suspicion, generating legal insecurity in the evaluations of “pardos”, as well as the resurgence of phenotypic criteria, procedures considered legitimate to ensure the right to vacancy at public universities, which may result in a non-place for light-skinned blacks.
Downloads
References
ALMEIDA, Rosiane Rodrigues. 2015. Quem foi que falou em igualdade?. Rio de Janeiro: Autografia.
APPIAH, Kwame Anthony. 1997. Na casa de meu pai. Rio de Janeiro: Contraponto.
BAYMA, Fátima. 2012. “Reflexões sobre a constitucionalidade das cotas raciais em Universidades Públicas no Brasil: referências internacionais e os desafios pós-julgamento das cotas”. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 20 (75), 325-346. https://doi.org/10.1590/S0104-40362012000200006.
BOURDIEU, Pierre. 1996. “Espíritos de Estado: gênese e estrutura do campo burocrático”. In: BOURDIEU, Pierre. Razões Práticas. Campinas: Papirus.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 1964. O Índio no Mundo dos Brancos: a Situação dos Tukúna do Alto Solimões. São Paulo Difusão Europeia do Livro.
CARNEIRO, Sueli. 2004. Negros de pele clara.
https://www.ceert.org.br/noticias/genero-mulher/13570/sueli-carneiro-negros-de-pele-clara. Acesso em 29 de março de 2020.
DAFLON, Verônica Toste; FERES JÚNIOR, João e CAMPOS, Luiz Augusto. 2013. “Ações Afirmativas Raciais no Ensino Superior Público Brasileiro: um panorama analítico”. Cadernos de Pesquisa, 43 (148), 302-327. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742013000100015.
DA MATTA, Roberto. 1981. Relativizando: Uma Introdução à Antropologia Socia”. Petrópolis: Vozes.
DOS ANJOS, Gabriele. 2013. “A questão sobre “cor” ou “raça” nos Censos nacionais”. Indicadores Econômicos FEE, 41 (1), 103-118.
ELÍSIO, Régis Rodrigues; COSTA, Antônio Cláudio Moreira e RODRIGUES FILHO, Guimes. 2019. “Histórico e Desafios no Processo de Implementação das Comissões de Heteroidentificação na Universidade Federal de Uberlândia”. Revista da ABPN, 11 (29), 41-56.
FERES JÚNIOR, João; DAFLON, Verônica Toste e CAMPOS, Luiz Augusto. 2012. “Ação afirmativa, raça e racismo: uma análise das ações de inclusão racial nos mandatos de Lula e Dilma”. Revista de Ciências Humanas, 12 (2), 399-414.
FREYRE, Gilberto. [1933] 2004. Casa-grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 49ª Ed. São Paulo: Global.
FRY, Peter. 1996. “O que a cinderela negra tem a dizer sobre a “política racial” no Brasil”. Revista USP, 28, 122-135. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i28p122-135.
FRY, Peter. 2006. “Ciência social e política “racial” no Brasil”. Revista USP, 68, 180-187. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i68p180-187.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio A. 2001. “Democracia Racial – o ideal, o pacto e mito”. Novos Estudos, 61 (3), 147-162.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio A. 2006 “Depois da Democracia Racial”. Tempo Social, 18 (2), 269-287. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-20702006000200014.
KANT DE LIMA, Roberto. “Tradição Judiciária Inquisitorial, Desigualdade Jurídica e Contraditório em uma Perspectiva Comparada”. In: RESENDE, José Manuel et al. (Orgs.). 2016. As artes de (re)fazer o mundo? Habitar, compor e ordenar a vida em sociedade. 1ªed. Portalegre, Portugal: Instituto Politécnico de Portalegre.
KANT DE LIMA, Roberto e MIRANDA, Ana Paula M. 2012. “Estado, direito e sociedade: a segurança e a ordem pública em uma perspectiva comparada”. In: DURÃO, Susana e DARCK, Marcio. (Org.). Polícia, Segurança e Ordem Pública: Perspectivas Portuguesas e Brasileiras. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais.
LEMPERT, Richard. 2015. “Ação afirmativa nos Estados Unidos: breve síntese da jurisprudência e da pesquisa social científica”. Sociologias, 17 (40), 34-91. https://doi.org/10.1590/15174522-017004002.
MAGGIE, Yvonne. 2008. “Pela igualdade”. Estudos Feministas, 16 (3), 897-912. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000300011.
MIRANDA, Ana Paula Mendes de. 2018. “Intolerância Religiosa e Discriminação Racial: duas faces de um mesmo problema público?”. In: SOUZA LIMA, Antonio Carlos de et al. (orgs.). A antropologia e a esfera pública no Brasil: Perspectivas e Prospectivas sobre a Associação Brasileira de Antropologia no seu 60º Aniversário. Rio de Janeiro: ABA / E-papers.
M’BOW, M. Amadou Mahtar. 2010. História Geral da África, I: Metodologia e pré-história da África. 2.ed. rev. Brasília: UNESCO.
MONTERO, Paula. 2012 “Controvérsias religiosas e esfera pública: repensando as religiões como discurso”. Religião e Sociedade, 32 (1), 167-183. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-85872012000100008.
NOGUEIRA, Oracy. [1954] 2006. “Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: Sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil”. Tempo Social, 19 (1), 287-308. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-20702007000100015.
OSÓRIO, Rafael Guerreiro. 2004. “O sistema classificatório de “cor ou raça” do IBGE”. In: BERNARDINO, Joaze et al. Levando a raça a sério: ação afirmativa e universidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora.
PEREIRA, Luena Nascimento Nunes. 2020. “Alteridade e raça entre África e Brasil: branquidade e descentramentos nas Ciências Sociais brasileiras”. Revista de Antropologia, 63 (2), 1-14. http://dx.doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2020.170727
PINHO, Osmundo e SOUZA, Rolf Ribeiro de. 2019. “Subjetividade, Cultura e Poder: Politizando Masculinidades Negras”. Cadernos de Gênero e Diversidade, 5, 40-46. http://dx.doi.org/10.9771/cgd.v5i2.33751.
SANTOS, Adilson Pereira dos; CAMILLOTO, Bruno e DIAS, Hermelinda Gomes. 2019. “Heteroidentificação na Ufop: O Controle Social Impulsionando o Aperfeiçoamento da Política Pública”. Revista da ABPN, 11 (29), 15-40.
SANTOS, Jocélio Teles dos. 2012. “Ações afirmativas e educação superior no Brasil: um balanço crítico da produção”. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 93 (234), 401-422. https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.93i234.447.
SCHWARCZ, Lilia K. M. 1993. O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e pensamento racial no Brasil: 1870-1930. Companhia das Letras.
SCHWARCZ, Lilia K. M. 2012. Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira. São Paulo: Claro Enigma.
SILVA, Guilherme Henrique Gomes da. 2019. “Um panorama das ações afirmativas em universidades federais do sudeste brasileiro”. Cadernos de Pesquisa, 49 (173), 184-207. https://doi.org/10.1590/198053145665
SOUZA LIMA, Antonio Carlos de. 2007. “Educação Superior para Indígenas no Brasil – sobre cotas e algo mais”. In: BRANDÃO, André Augusto (org.). Cotas raciais no Brasil: a primeira avaliação. Rio de Janeiro: DP&A.
SOUZA LIMA, Antonio Carlos de. 2015. “Sobre tutela e participação: povos indígenas e formas de governo no Brasil, séculos XX/XXI”. Mana, 21, 425-457. https://doi.org/10.1590/0104-93132015v21n2p425
SOUZA LIMA, Antonio Carlos de. 2018. “Ações afirmativas no ensino superior e povos indígenas no Brasil: uma trajetória de trabalho”. Horizontes Antropológicos, 24, 377-448. https://doi.org/10.1590/s0104-71832018000100013
VALENTE, Ana Lúcia. 2006 “A “Má Vontade Antropológica” e as Cotas Para Negros nas Universidades (ou usos e abusos da Antropologia na pesquisa educacional II: Quando Os Antropólogos Desaprendem)”. InterMeio, 12 (24), 84-103.
VAZ, Lívia Maria Santana e Sant'Anna. 2018. “As comissões de verificação e o direito à (dever de) proteção contra a falsidade de autodeclarações raciais”. In: DIAS, Gleidson Renato Martins; TAVARES JUNIOR e FABER, Paulo Roberto (org.). Heteroidentificação e cotas raciais: dúvidas, metodologias e procedimentos. Canoas, RS: IFRS.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2020 Revista de Antropologia

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who intend to publish in this journal must agree with the following terms:
- a) Authors retain copyright and grant the journal the right of first publication. The work is simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License, which allows the work to be shared as long as the author and the initial publication in this journal are appropriately credited.
- b) Authors are authorized to sign additional contracts for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., to publish it as a book chapter), as long as the author and the initial publication in this journal are appropriately credited.
- c) Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (e.g. on their personal webpage) after the editorial process, for this can generate productive changes as well as increase the impact and citation of the work. See The Effect of Open Access Publications.