“Não é só um comprimido!”: conflitos, moralidades e a gestão de um “saber” sobre viver com HIV/Aids indetectável

Authors

  • Ricardo Andrade Coitinho Filho Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2023.185464

Keywords:

HIV/Aids, Moral, Interseccionalidades, Corporalidades, Movimentos Sociais

Abstract

This paper tries to examine the tensions, conflicts and adjustments that have been mobilized since the emergency of a viral undetectability to the HIV/AIDS as a global health policy. The analysis begins from the generational differences that, when associated with other social markers, modulate ways of feeling, perceiving and living the daily experiences with the undetectable HIV/AIDS and, thereby, they imply the production of political frameworks. Thus, it places itself in a recent scenery of disputes among generations of the activism and brings complexification to the biomedical centrality still crossing the conduction of AIDS politics. Two ethnographic situations are taken as focus of reflections and are part of a more amplified field of researches developed between 2016 and 2021 in the Rede de Jovens + RJ.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Ricardo Andrade Coitinho Filho, Universidade Federal Fluminense

    Ricardo Andrade Coitinho Filho é doutor em Antropologia (UFF), mestre em Ciências Sociais (UFRRJ) e especialista em Gênero e Sexualidade (UERJ). Suas pesquisas são desenvolvidas nas áreas de gênero e(m) Interseccionalidades, Ciência/Saúde, Políticas Públicas e Direitos Humanos.

References

AGUIÃO, Silvia Rodrigues. 2014. Fazer-se no “Estado”: uma etnografia sobre o processo de constituição dos “LGBT” como sujeitos de direitos no Brasil contemporâneo. Campinas, Tese (Doutorado em Ciências Sociais), UNICAMP.

BRAH, Avtar. 2006. “Diferença, diversidade, diferenciação”. Cadernos Pagu, vol.26 : 329-376, 2006. https://www.scielo.br/pdf/cpa/n26/30396.pdf

CARMO, Íris Nery. 2018. O rolê feminista: autonomia, horizontalidade e produção de sujeito no campo feminista contemporâneo. Campinas, Tese (Doutorado em Ciências Sociais), UNICAMP.

CARVALHO, Mario Felipe de Lima; CARRARA, Sérgio. 2015. “Ciberativismo trans: Considerações sobre uma nova geração militante”. Contemporânea – comunicação e cultura, v.13, n.2 : .382-400. https://periodicos.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/13865/9884

COITINHO FILHO, Ricardo Andrade. 2018. “Uma ‘rede’ de muitos significados: a positivação pedagógica da ‘experiência soropositiva’”. Sexualidad, salud y sociedade, n. 29 : 195-241. https://www.scielo.br/pdf/sess/n29/1984-6487-sess-29-195.pdf

CUNHA, Cláudia Carneiro da. 2014. “Modos de fazer sujeitos na política de Aids: a gestão de jovens vivendo com HIV/Aids”. Século XXI – Revista de Ciências Sociais, vol. 4, n.2 : 91-132. http://dx.doi.org/10.5902/2236672517039

CUNHA, Cláudia Carneiro da. 2018. “Configurações e reconfigurações do movimento de jovens vivendo com Hiv/Aids no Brasil: identidades e prevenções em jogo”. Sexualidad, Salud y Sociedad, n. 29 : 249-312. https://www.scielo.br/pdf/sess/n29/1984-6487-sess-29-294.pdf

DURKHEIM, Émile. [1912] 1989. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas.

FARMER, Paul. 1996. “Social inequalities and emerging infectious diseases.” Emerging Infectious Diseases, v. 2, n.4 : 259-269. https://wwwnc.cdc.gov/eid/article/2/4/96-0402_article

GALVÃO, Jane. 2000. AIDS no Brasil: a agenda de construção de uma epidemia. Rio de Janeiro: ABIA; São Paulo: Ed. 34.

GRISOTTI, Márcia. 2016. “Interfaces entre ciências sociais e saúde e reflexões sobre políticas de saúde.” In: LANGDON, Esther Jean; GRISOTTI. Márcia. Políticas públicas: reflexões antropológicas. Florianópolis: Ed. Da UFSC, pp.63-82.

INHORN, Márcia; BROWN, Peter. 2004. The anthropology of infectious disease: international health perspectives. New York: Routledge.

JOSANOFF, Sheila. 2004. States of knowledge: the co-production of science and social order. New York: Routledge.

LANGDON, Esther Jean. 2003. “A cultura e os processos de saúde e doença”. In: Jeolás Leila, OLIVEIRA, Marlene (orgs). Anais do Seminário sobre cultura, saúde e doença. Londrina: Editora Fiocruz, pp. 91-105.

LANGDON, Esther Jean; GRISOTTI, Márcia; MALUF, Sônia Weidner. 2016. “Reflexões antropológicas sobre as políticas públicas.” In: LANGDON, Esther Jean; GRISOTTI, Márcia. Políticas públicas: reflexões antropológicas. Florianópolis: Ed. Da UFSC pp.7-13.

PARKER, Richard.1997. Políticas, Instituições e Aids: enfrentando a epidemia no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar / ABIA.

PEREIRA, Éverton Luís. 2016. “A tensão visibilizada: políticas públicas e pessoas com deficiência.” In: LANGDON, Esther Jean; GRISOTTI, Márcia. Políticas públicas: reflexões antropológicas. Florianópolis: Ed. Da UFSC, pp 127-146.

TERTO JR, Veriano. 2015. “Diferentes prevenções geram diferentes escolhas? Reflexões para a prevenção de HIV/AIDS em homens que fazem sexo com homens e outras populações vulneráveis”. Revista Brasileira de Epidemiologia, n. 18, vol 1 : 156-168. http://dx.doi.org/10.1590/1809-4503201500050012

VALLE, Carlos Guilherme. 2008. “Apropriações, conflitos e negociações de gênero, classe e sorologia: etnografando situações e performances no mundo social do HIV/AIDS (Rio de Janeiro)”. Revista de Antropologia, vol. 51, n.2 : 651-698. https://doi.org/10.1590/S0034-77012008000200009

Published

2023-01-07

Issue

Section

Articles

How to Cite

Coitinho Filho, R. A. (2023). “Não é só um comprimido!”: conflitos, moralidades e a gestão de um “saber” sobre viver com HIV/Aids indetectável. Revista De Antropologia, 66, e185464. https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2023.185464