Forms of government and complementarity between state administration and its administrated: reflexions on a service for men who commit domestic violence
DOI:
https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2020.189657Keywords:
Domestic violence against women, State, Reflective groups for men who commit domestic violence, EthnographyAbstract
This article reflects on how certain forms of government are (re)elaborated through the performance of a “service” aimed at “men who commit domestic violence. The material is ethnographically elaborated and is based on my insertion as a researcher in an administrative instance in the Baixada Fluminense of Rio de Janeiro. In this sense, it is an investigation about State formation processes, emphasizing the practices, dynamics and interactions established on a daily basis by administrators - "the technicians" - and administrated - "the men" -, as well as between different instances and state devices. The article attempts to understand the continuous production of the State “in action”, privileging the dynamics that constitute the administration's ways of doing, as well as the modes of subjectification that are operationalized by the subjects attended at this ethnographic instance. To do that, it considers a series of constraints conducted by the specific forms of management the subjects are exposed to.
Downloads
References
AUSTIN, John Langshaw. 1962. How do things with words. Oxford, Oxford University Press.
BEIRAS, Adriano; NASCIMENTO, Marcos; INCROCCI, Caio. 2019. Programas de atenção a homens autores de violência contra as mulheres: um panorama das intervenções no Brasil. Saúde e Sociedade, v. 28, n. 1, p. 262-274. DOI: https://doi.org/10.1590/s0104-12902019170995
BRAGAGNOLO, Regina Ingrid; LAGO, Mara Coelho de Souza; RIFIOTIS, Theophilos. 2015. Estudo dos modos de produção de justiça da Lei Maria da Penha em Santa Catarina. Revista de Estudos Feministas, v.23, n.2, pp.601-617. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-026X2015v23n2p601
DEBERT, Guita Grin. 2006. “As Delegacias de Defesa da Mulher: judicialização das relações sociais ou politização da justiça?”. In: CORRÊA, Mariza; SOUZA; Érica Renata de (Org.). Vida em família: uma perspectiva comparativa sobre ‘crimes de honra’. Campinas: Núcleo de Estudos de Gênero Pagu/Universidade Estadual de Campinas, p. 16-38.
DONZELOT, Jacques. [1977]1986. A Polícia das Famílias. Rio de Janeiro, Graal.
FASSIN, Didier. 2012. Humanitarian Reason: a moral history of the present. Berkeley and Los Angeles, University of California Press.
FOUCAULT, Michel. [1976] 1984. História da sexualidade I: a vontade de saber. São Paulo, Graal.
FOUCAULT, Michel. [1976] 2000. Em Defesa da sociedade. São Paulo, Martins Fontes.
FOUCAULT, Michel. [1978] 2008. Segurança, território e população. São Paulo, Martins Fontes.
GOMES, Carla de Castro. 2010. A Lei Maria da Penha e as práticas de construção social da “violência contra a mulher” em Juizado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
JIMENO, Myriam. 2010. “Emoções e política: a vítima e a construção de comunidades emocionais”. Mana – Estudos de Antropologia Social, n. 16, v. 1, pp. 99-121. https://doi.org/10.1590/S0104-93132010000100005
LIMA, Daniel Costa; BUCHELE, Fátima. 2011. Revisão crítica sobre o atendimento a homens autores de violência doméstica e familiar contra as mulheres. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 21, n. 2. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73312011000200020
LEITE, Fabiana; LOPES, Paulo Victor Leite. 2013. “Serviços de educação e respon-sabilização para homens autores de violência contra mulheres: as possibilidades de intervenção em uma perspectiva institucional de gênero”. In: LOPES, Paulo Victor; LEITE, Fabiana (Org.). Atendimento a homens autores de violência doméstica: desa-fios à política pública. Rio de Janeiro: ISER, pp. 129-144.
LOPES, Paulo Victor Leite. 2021. Entre Justaposições e Contraposições: Instrumentos Jurídicos, Discursos e Práticas em Torno da Administração de Homens Autores de Violência Doméstica Contra a Mulher. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia,, n. 51. https://doi.org/10.22409/antropolitica2021.i51.a45575
LOPES, Paulo Victor Leite. 2016. Homens Autores de Violência Doméstica: relações de gênero, formas cotidianas de governo e processos de formação de Estado. Rio de Janeiro, Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
LOPES, Paulo Victor Leite; LEITE, Fabiana (Org.). 2013. Atendimento a homens autores de violência doméstica: desafios à política pública. Rio de Janeiro: ISER.
LUGONES, Maria Gabriela. 2012. Obrando em autos, obrando em vidas: formas e formulas de proteção judicial dos tribunais prevencionais de menores de Córdoba, Argentina, nos começos do século XXI. Rio de Janeiro, E-papers/Laced.
MORAES, Aparecida Fonseca; RIBEIRO, Letícia. 2012. As políticas de combate à violência contra a mulher no Brasil e a "responsabilização" dos "homens autores de violência". Sexualidad, Salud y Sociedad, n. 11, pp.37-58. DOI: https://doi.org/10.1590/S1984-64872012000500003.
MUNIZ, Jacqueline. 1996. Os direitos dos outros e outros direitos: um estudo sobre a negociação de conflitos nas DEAMs/RJ. In: SOARES, Luis Eduardo (Org.) Violência e política no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Iser, Reulme-Dumará, pp. 125-164.
NASCIMENTO, Marcos Antonio Ferreira do. 2001. Desaprendendo o silêncio: uma experiência de trabalho com grupos de homens autores de violência contra a mulher. Rio de Janeiro, Dissertação de mestrado, Instituto de Medicina Social/ Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
OLIVEIRA, Isabela Venturoza de. 2016. “Homem é homem”: narrativas sobre gênero e violência em um grupo reflexivo com homens denunciados por crimes da Lei Maria da Penha. São Paulo, Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo.
PACHECO DE OLIVEIRA, João Pacheco. 1989. O Nosso Governo: Os Ticuna e o Regime Tutelar. São Paulo, Marco Zero.
SOUZA LIMA, Antonio Carlos de. 1995. Um grande cerco de paz: poder tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Petrópolis, Vozes.
SOUZA LIMA, Antonio Carlos. 2013. “O exercício da tutela sobre os povos indígenas: considerações para o entendimento das políticas indigenistas no Brasil Contemporâneo”. Revista de Antropologia, v. 55, n. 2, pp. 781-832. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2012.59301.
TEIXEIRA, Carla Costa e SOUZA LIMA, Antonio Carlos de. 2010. “A antropologia da administração e da governança no Brasil: área temática ou ponto de dispersão?”. In: DUARTE, Luiz Fernando Dias; MARTINS, Carlos Benedito. (Org.). Horizontes das ciências sociais no Brasil: Antropologia. São Paulo, ANPOCS, pp. 51-95.
VIANNA, Adriana. 2002. Limites da Menoridade: tutela, família e autoridade em julgamento. Rio de Janeiro, Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
VIANNA, Adriana. 2003. “Quem deve guardar as crianças? Dimensões tutelares da gestão contemporânea da infância”. In: SOUZA LIMA, Antonio Carlos de. (Org.). Gestar e Gerir: estudos para uma antropologia da administração pública no Brasil. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, p. 271-311.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Revista de Antropologia
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who intend to publish in this journal must agree with the following terms:
- a) Authors retain copyright and grant the journal the right of first publication. The work is simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License, which allows the work to be shared as long as the author and the initial publication in this journal are appropriately credited.
- b) Authors are authorized to sign additional contracts for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., to publish it as a book chapter), as long as the author and the initial publication in this journal are appropriately credited.
- c) Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (e.g. on their personal webpage) after the editorial process, for this can generate productive changes as well as increase the impact and citation of the work. See The Effect of Open Access Publications.