Special relatives, Karitiana relations
DOI:
https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2022.192932Keywords:
Kinship, care, body, transformation, KaritianaAbstract
In this article I explore aspects related to the relatives called osikirip (term translated as especiais [special], in Portuguese) by the Karitiana Indigenous. I try to understand what distinguishes the special ones from other relatives: the specificity of their bodies and their behavior. I then discuss two explanations for the existence of these people: the wife’s anger at her husband during pregnancy and the lack of care by both in using the forest vaccines on the newborn. Such carelessness generates the popopo state (translated, depending on the context, as drunk, crazy, and dead alike) which, in turn, can also make the Karitiana a special one. I still argue about the group’s adherence to the psychotropic medicines, prescribed by doctors to the special ones. I suggest that the use of non-indigenous medicines does not imply the absence of specifics in the group’s thinking and practices regarding these osikirip relatives.
Downloads
References
ARAÚJO, Íris Morais. 2014. Osikirip: os “especiais” Karitiana e a noção de pessoa ameríndia. São Paulo, Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. https://doi.org/10.11606/T.8.2015.tde-05082015-142648
ARAÚJO, Íris Morais. 2017. “Osikirip: os ‘especiais’ Karitiana e a familiarização com o não indígena”. Etnográfica: Revista do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, 21(3): 649-661. DOI https://doi.org/10.4000/etnografica.5095
ALMEIDA, Mauro. 2003. “Relativismo antropológico e objetividade etnográfica”. Campos: Revista de Antropologia Social, vol. 3: 9-29. DOI https://doi.org/10.5380/cam.v3i0
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 1978. Os mortos e os outros: uma análise do sistema funerário e da noção de pessoa entre os índios Krahó. São Paulo, Hucitec.
CASTRO, Andréa Oliveira. 2018. Koro’op. E-moções: sociabilidade, paisagem e temporalidade entre os Karitiana. Juiz de Fora, Tese de Doutorado, Universidade Federal de Juiz de Fora.
CALAVIA SÁEZ, Oscar. 2018. “Xamanismo nas terras baixas: 1996-2016”. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais – BIB, vol. 87, n.3: 15-40 DOI https://doi.org/10.17666/bib8702/2018
FONSECA, Claudia. 2007. “O anonimato e o texto antropológico: dilemas éticos e políticos da etnografia ‘em casa’”. Palestra proferida no seminário Experiências, dilemas e desafios do fazer etnográfico contemporâneo, realizado na UFRGS. Disponível em https://claudialwfonseca.webnode.com.br/_files/200000050-a7dc0a8d7e/O%20anonimato%20e%20o%20texto%20antropol%C3%B3gico%20-%20Dilemas%20%C3%A9ticos%20e%20pol%C3%Adticos%20da%20etnografia%20em%20casa%2C%202010.pdf. Acesso em 30/11/2018.
GALLOIS, Dominique. 1988. O movimento na cosmologia Wajãpi: criação, expansão e transformação do universo. São Paulo, Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo.
GONÇALVES, Marco Antonio. 2010. “Cromatismo: a semelhança e o pensamento cromático ameríndio”. In: Traduzir o outro: etnografia e semelhança. Rio de Janeiro: 7 Letras, pp. 113-134.
GOW, Peter. 1997. “O parentesco como consciência humana: o caso dos Piro”. Mana: Estudos de Antropologia Social, vol. 3, n. 2: 39-65. DOI https://doi.org/10.1590/S0104-93131997000200002
GOW, Peter. [1991] 2006. “Da etnografia à história: ‘Introdução’ e ‘Conclusão’ de Of Mixed Blood: Kinship and History in Peruvian Amazonia”. Cadernos de Campo, vol. 14-15: 197-226. DOI https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v15i14-15p197-226
KARITIANA, Edelaine Maria Om Etepãrãrã. 2018. Kerep õwã aopika: a educação Karitiana antes da criação da escola. Ji-Paraná (RO): Departamento de Educação Intercultural da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Campus Ji-Paraná.
LAGROU, Elsje. 2002. “O que nos diz a arte Kaxinawa sobre a relação entre identidade e alteridade?” Mana: Estudos de Antropologia Social, vol. 8, n.1: 29-61. DOI https://doi.org/10.1590/S0104-93132002000100002
LANDIN, David. 2005 Dicionário e léxico Karitiana/português. Cuiabá: Sociedade Internacional de Linguística.
LANNA JR., Mário Cléber Martins (org.). 2010. História do movimento político das pessoas com deficiência no Brasil. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos/Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
LIMA, Tânia Stolze. 2005. Um peixe olhou pra mim: o povo Yudjá e a perspectiva. São Paulo/Rio de Janeiro: Ed. UNESP/ISA/NUTI.
MACEDO, Valéria. 2013. “De encontros nos corpos Guarani”. Ilha: Revista de Antropologia, vol. 15, n.2: 181-210. DOI https://doi.org/10.5007/2175-8034.2013v15n1-2p180
OVERING, Joanna. 1999. “Elogio do cotidiano: a confiança e a arte da vida social em uma comunidade amazônica”. Mana: Estudos de Antropologia Social, vol. 5, n.1: 81-107. DOI https://doi.org/10.1590/S0104-93131999000100004
PEREIRA, Priscilla Perez da Silva et al. 2013. “Política de atenção integral à saúde mental das populações indígenas de Porto Velho/RO: a voz das lideranças”. Tempus: Actas de Saúde Coletiva, vol. 7, n. 4: 131-145. DOI https://doi.org/10.18569/tempus.v7i4.1425
ROCHA, Ivan. 2017. “Levantamento linguístico-demográfico do Karitiana: experiência de campo”. Apresentação realizada no VI Workshop de Línguas Indígenas da USP.
ROSALEN, Juliana. 2017. Tarja preta: um estudo antropológico sobre os “estados alterados” diagnosticados pela biomedicina como transtornos mentais nos Wajãpi do Amapari. São Paulo, Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. DOI https://doi.org/10.11606/T.8.2019.tde-17092019-141715
TAYLOR, Anne-Christine. [1996] 2012. “O corpo da alma e seus estados: uma perspectiva amazônica sobre a natureza de ser-se humano”. Cadernos de Campo, vol. 21: 213-228. DOI https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v21i21p213-228
VANDER VELDEN, Felipe Ferreira. 2008. “O gosto dos outros: o sal e a transformação dos corpos entre os Karitiana no sudoeste da Amazônia”. Temáticas: Revista dos Pós-Graduandos em Ciências Sociais IFCH-Unicamp, vol. 31-32: 13-49. DOI https://doi.org/10.20396/tematicas.v16i31/32.12436
VANZOLINI, Marina. 2015. A flecha do ciúme: o parentesco e seu avesso segundo os Aweti do Alto Xingu. São Paulo, Terceiro Nome.
VIANNA, João Jackson Bezerra; CEDARO, José Juliano; OTT, Ari Miguel Teixeira. 2012. “Aspectos psicológicos na utilização de bebidas alcoólicas entre os Karitiana”. Psicologia & Sociedade, vol. 24, n.1: 94-103. https://doi.org/10.1590/S0102-71822012000100011
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002a. “Atualização e contraefetuação do virtual: o processo do parentesco”. In: A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, pp. 401-455.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002b. “Imanência do inimigo”. In: A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo, Cosac Naify, pp. 265-294.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002c. “Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena”. In: A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo, Cosac Naify, pp. 345-399.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2004. “Perspectival Anthropology and the Method of Controlled Equivocation”. Tipití: Journal of the Society for de Anthropology of Lowland South America, vol. 2, n. 1: 3-22. https://digitalcommons.trinity.edu/tipiti/vol2/iss1/1
ZEA, Evelyn Schuler. 2008. “Genitivo da tradução”. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi: Ciências Humanas, vol. 3, n.1: 65-77. DOI https://doi.org/10.1590/S1981-81222008000100006
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Revista de Antropologia

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who intend to publish in this journal must agree with the following terms:
- a) Authors retain copyright and grant the journal the right of first publication. The work is simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License, which allows the work to be shared as long as the author and the initial publication in this journal are appropriately credited.
- b) Authors are authorized to sign additional contracts for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., to publish it as a book chapter), as long as the author and the initial publication in this journal are appropriately credited.
- c) Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (e.g. on their personal webpage) after the editorial process, for this can generate productive changes as well as increase the impact and citation of the work. See The Effect of Open Access Publications.