Casas de “tomar conta” e creches públicas: relações de cuidados e interdependência entre periferias e Estado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2020.189648

Palavras-chave:

Casas, Creches, Interdependência, Cuidados, Gênero

Resumo

Este artigo analisa as relações de coexistência entre as práticas informais de cuidados realizadas nas periferias e as administrações de Estado. A etnografia foi realizada num complexo de favelas situado na Zona Norte do Rio de Janeiro. A análise procura ressaltar as dinâmicas de interdependência entre as casas de moradoras de favela que “tomam conta” de crianças e as creches públicas. A partir das reflexões sobre os cuidados transacionados nesses espaços, busca-se refletir sobre as ideias de dependência, Estado provedor, sexualidade e reprodução feminina. A complementaridade entre esses lugares aponta para a existência de relações de cuidados nas quais dinâmicas de vulnerabilidade, escassez e demanda por recursos sociais são elementos de disputa que remetem a processos de reprodução estratificada de desigualdades históricas de gênero, classe, sexualidade, território e raça.

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Biografia do Autor

  • Camila Fernandes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Camila Fernandes é pós-doc no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/MN/UFRJ). Doutora em Antropologia Social (PPGAS/MN/UFRJ) e mestre em Antropologia (PPGA/UFF). Pesquisadora do NuSEX – Núcleo de Estudos em Corpos, Gênero e Sexualidades (PPGAS/MN/UFRJ) e do LACED – Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento.

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Publicado

2021-10-22

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Fernandes, C. (2021). Casas de “tomar conta” e creches públicas: relações de cuidados e interdependência entre periferias e Estado. Revista De Antropologia, 64(3), e189648. https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2020.189648