A ocupação kilombola: “receita de resistência” do Território de Mãe Preta (RS)
DOI:
https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2020.189655Palavras-chave:
Cosmopolítica, Kilombo, Ocupação, ResistênciaResumo
Esse artigo apresenta parte do material de pesquisa oriundo da minha tese de doutorado, desenvolvido junto à comunidade kilombola Morada da Paz, também conhecida como Território de Mãe Preta. A comunidade está localizada na zona rural do município de Triunfo/RS e é formada majoritariamente por mulheres negras. Caracteriza-se por ser uma comunidade espiritual que segue as orientações de uma preta-velha, Mãe Preta, e um exu, Seu Sete. Foi com as mais velhas da comunidade, reconhecidas como Yas e Baba, que aprendi sobre o conceito de ocupação. O intuito aqui é recuperar esse conceito, apresentando suas singularidades na relação com outros entendimentos de ocupação. Argumento, por fim, que, assim como as “retomadas” indígenas e a “reativação” das bruxas neopagãs estadunidenses, a ocupação elaborada pela Morada, é também uma “receita de resistência” contra as investidas coloniais e capitalistas.
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