Padrões discursivos sobre corrupção
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-6486.rco.2019.152220Palavras-chave:
Gestor público, Regionalidade, CorrupçãoResumo
A subjetividade e a percepção que levam à interpretação de atos de corrupção são pouco considerados nos estudos nacionais sobre o fenômeno. O objetivo desta pesquisa é explorar as interpretações de gestores públicos federais e estaduais sobre ‘corrupção’ para identificar possíveis de padrões regionais. Foram realizadas vinte entrevistas com gestores atuantes na gestão federal e estadual de Saúde e Educação no estado de Minas Gerais, lotados no município de Uberlândia. A partir de análise de conteúdo, foram levantados três padrões distintos na fala dos gestores públicos entrevistados: o coronelismo/mandonismo, o patrimonialismo, e o clientelismo. As evidências encontradas nas falas dos entrevistados indicam que potencialmente a formação cultural da região de Uberlândia pode contribuir para a perpetuação da corrupção.
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