Influência do CEO power no endividamento das empresas da B3
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-6486.rco.2024.220491Palavras-chave:
CEO power, Dimensões do poder, EndividamentoResumo
O objetivo desse estudo foi analisar a relação entre o CEO power e o endividamento das empresas listadas na B3. Para isso, adotou-se como suporte teórico as dimensões do poder de Finkelstein (1992) e utilizou-se um modelo empírico de regressão múltipla, sendo estimadas seis equações conforme as medidas de endividamento. Foram analisadas 346 empresas no período de 2010 a 2021. As dimensões do poder investigadas foram: poder estrutural, de propriedade, de prestígio e especialista. Evidências apontam que o poder estrutural influencia positivamente no endividamento, enquanto CEOs com mais prestígio contribuem para melhorar a imagem da organização. CEOs especialistas financeiros mantêm menor endividamento. Tais evidências contribuem no sentido de facilitar as admissões de CEOs para as empresas e evidenciam aos investidores e potenciais a influência que tais gestores possuem no endividamento das organizações.
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