Desafios para a regulação da saúde digital é tema de novos trabalhos publicados

08.02.2022

Big data, aprendizado automatizado, inteligência artificial, redes sociais digitais globais, grandes corporações digitais, telessaúde são alguns dos novos componentes que vêm revolucionando com grande intensidade a área da saúde, a tal ponto que já se fala no campo de estudo da “saúde digital”.

O editorial “Saúde digital defende a necessidade de o Direito Sanitário acompanhar de perto as inovações da saúde digital, contribuindo para “organizar uma ação estatal e social adequada para que essas inovações sejam benéficas e contenham o mínimo de riscos à saúde humana possível”.

Já o artigo “A aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados na saúde”, de autoria de Marcos César Botelho e Elimei Paleari do Amaral Camargo, analisa a proteção de dados relativos à saúde na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2020. Os autores destacam que profissionais e instituições de saúde devem se adaptar “o mais brevemente possível” à LGPD , a fim de evitar sanções como ”multas pecuniárias e até a proibição do uso de dados pessoais sensíveis”.

Por fim, a nova leva de artigos traz o trabalho “A União Europeia e a organização das profissões de saúde na França”, de Stephanie Brissy, professor da Universitè Paris Descartes. O pesquisador francês traça um panorama da organização das profissões de saúde na União Europeia e defende a importância da qualificação desses profissionais para que sejam assegurados o direito à livre circulação de pessoas, bens, capitais e serviços e o direito a um elevado nível de proteção da saúde humana.

Os artigos estão disponíveis com acesso aberto em www.revistas.usp.br/rdisan.