Impactos positivos dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas na qualidade de vida das pessoas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.rdisan.2023.198891

Palavras-chave:

Avaliação de Serviços de Saúde, Centros de Atenção Psicossocial, Direitos Humanos

Resumo

O aparato internacional dos direitos humanos contribuiu para a transformação do modelo psiquiátrico no Brasil. A partir da década de 1980, a reforma psiquiátrica brasileira impulsionou a construção de um modelo de atenção à saúde mental comunitária. Este artigo teve como objetivo avaliar os serviços de saúde mental, com vistas a contribuir para a qualificação da Rede de Atenção Psicossocial, identificar problemas e impulsionar o aprimoramento das práticas e políticas públicas de saúde. Tratou-se de uma pesquisa avaliativa, descritiva, de caráter quantitativo, parte do projeto matricial “Avaliar CAPS AD” (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas). Foram avaliados serviços dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Amapá na perspectiva dos gestores dos serviços. Os dados foram analisados à luz do conjunto de ferramentas “QualityRights”, da Organização Mundial da Saúde, em relação ao acesso e garantia de direitos e os resultados foram estruturados a partir dos 20 padrões propostos nos cinco temas desse conjunto. Dentre a totalidade, 15 serviços atingiram alcances parciais e totais de qualidade na garantia e respeito aos direitos e foram encontradas algumas fragilidades importantes, avaliadas como padrões não iniciados, como a escassez de propostas de geração de renda ou a necessidade de ampliação dos Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III – 24 horas. Os resultados demonstraram ainda a potência dos serviços comunitários e territoriais no exercício da cidadania de direitos.

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Biografia do Autor

  • Renato de Angelo Araujo, Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. São Paulo/SP, Brasil.

    Mestrado em Saúde Mental pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE/USP). Integrante do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Epidemiológicos em Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (NIESMAD). Enfermeiro. 

  • Caroline Ballan, Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. São Paulo/SP, Brasil

    Doutoranda em Saúde Mental e Direitos Humanos pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE/USP). Integrante do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Políticas Públicas de Saúde Mental (GPIPPSAM) do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP). Enfermeira.

  • Gabriella de Andrade Boska, Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. São Paulo/SP, Brasil

    Doutorado em Ciências da Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE/USP); Professora Adjunta da Escola de Enfermagem e de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Co-líder do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Epidemiológicos em Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (NIESMAD). Enfermeira. 

  • Heloísa Garcia Claro, Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. São Paulo/SP, Brasil

    Doutorado em Ciências; mestrado em Ciências da Saúde; licenciatura em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE/USP). Professora doutora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Co-líder do Grupo Núcleo Interdisciplinar de Estudos Epidemiológicos em Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (NIESMAD). Enfermeira.

  • Ligia Bugelli Hermano Santos, Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. São Paulo/SP, Brasil

    Doutoranda em Direitos Humanos nas Sociedades Contemporâneas no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (Portugal); mestrado em Ciências com foco em Saúde Mental pela Universidade de São Paulo (USP); graduação em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

  • Marcia Aparecida Ferreira de Oliveira, Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. São Paulo/SP, Brasil

    Doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); mestrado em Psicologia Social pela PUC-SP. Professora Livre-docente pelo Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE/USP); professora visitante do Programa de Pós-graduação em Enfermagem no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Co-líder do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Epidemiológicos em Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (NIESMAD). Enfermeira.

  • Paula Pinho, Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. São Paulo/SP, Brasil

    Doutorado em Ciências pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE/USP); Professora adjunta do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

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Publicado

12/22/2023

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Araujo, R. de A. ., Ballan, C., Boska, G. de A., Claro, H. G. ., Santos, L. B. H. ., Oliveira, M. A. F. de ., & Pinho, P. (2023). Impactos positivos dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas na qualidade de vida das pessoas. Revista De Direito Sanitário, 23, e0027. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.rdisan.2023.198891