Ciência, tecnologia e inovação em saúde – desafios
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v5i2p9-21Palavras-chave:
Saúde, Ciência, Tecnologia e Inovação, SUS (BR), Política social, Brasil, Sistema de saúde.Resumo
Quais são os entraves e desafios para que se instale no país um ciclo virtuoso de produção e aplicação dos resultados das atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) de maneira a beneficiar diretamente a população? Essa é a pergunta que se procurou enfrentar. Os sistemas de saúde e de CT&I são complexos e contam com muitos atores. De um lado, um sistema de saúde híbrido, com predomínio do sistema público (Sistema Único de Saúde e sua rede de instituições conveniadas), mas com expressiva participação do setor privado (medicina de grupo, seguradoras, cooperativas médicas e provedores particulares). De outro lado, os atores do sistema de CT&I: os formuladores governamentais de políticas, a comunidade científica, as agências de fomento de atividades de CT&I públicas e privadas, os órgãos reguladores, as instituições gerenciadoras de informações em saúde e os componentes do setor produtivo (indústrias farmacêutica, de insumos imuno-biológicos e de equipamentos médico-hospitalares e odontológicos). Os gestores e usuários do sistema de saúde são os grandes demandantes dos produtos, processos e serviços criados a partir de atividades científicas e tecnológicas. A fragilidade das estratégias de articulação e integração entre esses dois sistemas, a descontinuidade administrativa e política das instâncias gestoras e a insipiencia de políticas explícitas de longo prazo e com foco em resultados e avaliação, são alguns dos entraves para o pleno desenvolvimento científico e tecnológico no setor saúde. O planejamento integrado, internamente nos dois sistemas e entre eles, a construção de parcerias estáveis e sólidas entre as instituições componentes dos sistemas e o financiamento estável com maior participação do setor produtivo são algumas das medidas necessárias para que esse cenário possa mudar definitivamente e tornar-se mais favorável e produtivo, levando, em última instância, a resultados que contribuam para a melhoria dos indicadores de saúde.
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