A ética e os custos sociais da "reforma psiquiátrica"

Autores

  • Valentim Gentil Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v5i1p55-66

Palavras-chave:

Reforma psiquiátrica, Política de Saúde, Saúde Mental, Hospitais Psiquiátricos, Desospitalização, Leitos Hospitalares, Recursos Alternativos, Custo Social.

Resumo

Este artigo aborda questões relevantes sobre a Lei n. 10.216/01, que provocou a chamada "Reforma Psiquiátrica" no Brasil, bem como as leis estaduais em conseqüência da lei federal, ainda mais radicais no que se refere à desospitalização, determinando até mesmo a proibição de leitos hospitalares destinados a doentes mentais. O Autor aponta a drástica redução do número de leitos, em contraste com o aumento populacional num espaço de 10 anos, sem oferecer contrapartidas de atendimento adequado, deixando aqueles que necessitam de tratamento, abandonados à própria sorte, presos em suas casas ou "morando" nas ruas. Critica essa desospitalização imposta pela norma sem a implementação de recursos alternativos eficientes para atender àqueles que necessitam de atendimento e tratamento, adotando-se urna fórmula comprovadamente fracassada nos países que tentaram implantar o modelo sem prover, simultaneamente, recursos alternativos comensuráveis. Aponta para a importância da participação interdisciplinar da Universidade, contribuindo para a busca de soluções para este grave problema médico-social e para a necessidade de investimentos nas prevenções primária e secundária como forma de reduzir a incapacitação do doente mental, bem como no treinamento técnico atualizado das equipes que trabalham com saúde mental.

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Publicado

02.03.2004

Edição

Seção

Tema em Debate

Como Citar

Gentil, V. (2004). A ética e os custos sociais da "reforma psiquiátrica". Revista De Direito Sanitário, 5(1), 55-66. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v5i1p55-66