From symbols of oppression to marks of freedom: the preservation of brazilian colonial pillories and the silencing of slavery's memory (XVI-XXth centuries)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2022.188402

Keywords:

pelourinhos, patrimônio histórico, história urbana, museus, escravidão

Abstract

The history of colonial pillories (a landmark that symbolized municipal autonomy and served as a place for physical punishments) remains largely unknown — usually, they are mentioned in local monographs or urban history textbooks often based on reckless generalizations from a few better known examples or on mere assumptions. Given the impossibility of drawing an overview of the history of Brazilian pillories, this article intends only to establish a interpretative guideline about their meaning in the Luso-Brazilian urban culture and the contexts that influenced their destruction throughout the XIX century. Then, it seeks to analyze some cases of urban preservation or musealization of colonial pillories and the erasure of slavery’s memory in Brazil.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Francisco Andrade, Universidade de São Paulo. Museu Paulista

    Doutor em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. Pesquisador de pós-doutorado no Departamento de Acervo e Curadoria do Museu Paulista da Universidade de São Paulo/USP, em São Paulo (SP), Brasil.

References

ACTA da 45ª sessão, 17 jul. 1904. Revista do IHGRN, [s.l.], v. 5, p. 403, 1907. Disponível em: http://hdl.handle.net/123456789/791. Acesso em: fev. 2021.

ACTAS da câmara da Villa de S. Paulo. São Paulo: Divisão do Arquivo Histórico, 1914. v. 1/6. Disponível em: https://bit.ly/39IGshm. Acesso em: fev. 2021.

ALGRANTI, Leila Mezan. O feitor ausente: estudo sobre a escravidão urbana no Rio de Janeiro. Petrópolis (RJ): Vozes, 1988.

AMARAL, José Alvares do. Resumo chronologico e noticioso da província da Bahia, desde o seu descobrimento em 1500. Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Salvador, n. 47, p. 71-559, 1922.

A PEDIDO. Diário de Minas, [s.l.], p. 2, maio 1867.

AS COMEMORAÇÕES do 350º aniversário de fundação de nossa cidade. A Ordem, [s.l.], dez. 1949.

AUFDERHEIDE, Patricia Ann. Order and violence: social deviance and social control in Brazil, 1740-1840. Tese de doutorado, University of Minnesota, 1976. Disponível em: https://dra.american.edu/islandora/object/auislandora:70751. Acesso em: jun. 2021.

AUTO de elevação de Castro à vila. DIHCSP, [s.l.], v. 4, p. 115-116, 1896. Disponível em: https://bit.ly/38F0QzE. Acesso em: abr. 2021.

BARROSO, Gustavo. O derradeiro pelourinho do Brasil. O Cruzeiro, [s.l.], jun. 1963.

CALIXTO, Benedito. Notas de archeologia paulista. Revista do Museu Paulista, São Paulo, tomo X, p. 813-829, 1918.

CÂMARA MUNICIPAL. Diário de Pernambuco, [s.l.], p. 2, mar. 1832.

CÂMARA MUNICIPAL. O Despertador, [s.l.], p. 4, out. 1865.

CARTA de Afonso Taunay a Benedito Calixto. [S.l.]: Fundo Museu Paulista, 1917. Série Correspondências.

CARTA de Antônio Felipe de Broderode. [S.l.]: Arquivo Nacional, Fundo Ministério da Justiça, 1817. cx. 774, pct. 03. Transcrição disponível em: https://bit.ly/3deT66E.

CARTA do Conde de Sabugosa... Bahia: AHU/ACL/CU-005, [s.d.]. cx. 43, doc. 3867 (1), avulsos.

CARTA do ouvidor Mathias Pereira de Souza... [S.l.]: AHU, [s.d.]. cx. 8, doc. 35.

CASCUDO, Luís da Câmara. Símbolo jurídico do pelourinho. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, [s.l.], v. 45/47, p. 67-85, 1948/1950.

CHALHOUB, Sidney. Precariedade estrutural: o problema da liberdade no Brasil (século XIX). História Social, Campinas-SP v. 19, p. 33-62, 2010. Disponível em: https://ojs.ifch.unicamp.br/index.php/rhs/article/view/315. Acesso em: abr. 2021.

COLLECÇÃO das decisões do governo do Império do Brasil de 1833. p. 239-240, 1873. Disponível em: https://bit.ly/3sKSH3o. Acesso em: mar. 2021.

CONDIÇOEINS de arrematação... [S.l.]: APM, 1747. Disponível em: https://bit.ly/3G0i2Mi. Acesso em: abr. 2021.

CONDURU, Roberto. Pelourinho de Mariana, monumento à barbárie. In: COLÓQUIO DO COMITÊ BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA ARTE: PESQUISAS EM DIÁLOGO, 40, 2021, Uberlândia. Anais. Uberlândia, 2021, p. 144-156.

CONSULTA do Conselho... [S.l.]: AHU/ACL/CU-005, [s.d.]. cx. 31, doc. 2844 (1).

CORRESPONDÊNCIAS. Astro de Minas, [s.l.], jun. 1828.

CORRESPONDÊNCIAS. Correio Mercantil, [s.l.], p. 1, dez. 1832.

CREAÇÃO da Villa do Pomba. Revista do Arquivo Público Mineiro, [s.l.], v. 4, p. 846, 1899. Disponível em: https://bit.ly/3NmvoVu. Acesso em: mar. 2021.

CRUZ, Cícero Ferraz. Cidade difusa: a construção do território da vila de Campanha e seu termo, séculos XVIII-XIX. Tese de doutorado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 2016. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-16022017-100910/en.php Acesso em: abr. 2021.

DELSON, Roberta Marx. Novas vilas para o Brasil-Colônia: planejamento espacial e social no século XVIII. Brasília: Edições Alva, 1997.

DOCUMENTOS interessantes para a história e costumes de São Paulo. [S.l.: s.n.], 1896. v. 4.

ESTUDANTES contra o pelourinho. Diário de Natal, Natal, dez. 1949.

FONSECA, Cláudia Damasceno. Urbs e civitas: a formação dos espaços e territórios urbanos nas minas setecentistas. Anais do Museu Paulista, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 77-108, 2012. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/39809 Acesso em: maio 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-47142012000100004.

FREITAS, Waldomiro Ferreira de. História de Paranaguá: das origens à atualidade. Paranaguá (PR): IHGP, 1999.

GELL, Alfred. Art and Agency: an anthropological theory. Oxford: Oxford University Press, 1998.

GOMES, Rita Costa. The making of a court society: kings and nobles in late medieval Portugal. Cambridge: University Press, 2003.

GRINBERG, Isaac. Gaspar Vaz, fundador de Mogi das Cruzes. São Paulo: [s.n.], 1979.

GUIMARÃES, Betânia Maria Monteiro; VIEIRA, Luana Cristina. Bustos, estátuas, monumentos e chafarizes de São João del Rei. São João del Rei: Gráfica UFSJ, 2010.

HISTÓRIA do Maranhão. Publicador Maranhense, [s.l.], p. 1, out. 1868.

LARA, Sílvia Hunold. Do mouro cativo ao escravo negro: continuidade ou ruptura. Anais do Museu Paulista, [s.l.], p. 375-398, [1980/1981].

LAXE, João Baptista Cortines. Regimento das câmaras municipais. Rio de Janeiro: Garnier, 1885.

LIVRO da Lei Mineira. [S.l.: s.n.], 1846. p. 52, XII.

LIVRO 6º das vereações da Câmara Municipal do Recife (1829-1833) [s. l.], , Acervo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco, Fundo Câmara Municipal do Recife.

LOPES, Antônio. Alcântara: subsídios para a história da cidade. Rio de Janeiro: MEC, 1957.

LOPES, Francisco Antônio. Os palácios de Vila Rica: Ouro Preto no ciclo do ouro. Belo Horizonte: [s.n], 1955.

MACALRINO, Pelourinho. A República, [s.l.], p. 1, jul. 1896.

MADRE DE DEUS, Frei Gaspar da. Memórias para a história da capitania de S. Vicente. São Paulo: Weiszflog Irmãos, 1920 [1797].

MAIA, João de Azevedo Carneiro. O município: estudos sobre administração local. Rio de Janeiro: Typ. de G. Leuzinger, 1883.

MALHEIRO, Agostinho Marques Perdigão. A escravidão no Brasil: ensaio histórico, jurídico, social. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1867. 3 v.

MAPPA e descrição da costa, rios e seus terrenos, de toda a capitania de Porto Seguro. [S.l.]: AHU/ACL/CU-005, [s.d.]. cx. 136, doc. 27108 (7).

MARANHENSES. O Globo, [s.l.], p. 2, nov. 1889.

MARCÍLIO, Maria Luiza. Caiçara: terra e população. São Paulo: Edusp, 2006.

MARX, Murillo. Cidade brasileira. São Paulo: Edusp/Melhoramentos, 1980.

MELO, Marcus André. Municipalismo, nation-building e a modernização do estado no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, [s.l.], v. 8, n. 23, p. 1-15, out. 1993. Disponível em: http://www.anpocs.com/images/stories/RBCS/23/rbcs23_07.pdf Acesso em: maio 2021.

MELLO E SOUSA, Laura de. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Graal, 1987.

MÊREA, Paulo. Sobre a aclamação de nossos reis. Revista Portuguesa de História, Coimbra, tomo X, p. 411-417, 1962. Disponível em: https://digitalis-dsp.sib.uc.pt/handle/10316.2/46827. Acesso em: jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.14195/0870-4147_10_10.

MOURÃO, João Martins Carvalho. Os municípios, sua importância política no Brasil-Colônia e Brasil-Reino. Revista do IHGB, [s.l.], tomo esp. do 1º Congr. de Hist. Nac., parte III, p. 307-312, 1915.

MORPHY, Howard. Art as a mode of action: some problems with Gell’s Art and Agency. Journal of Material Culture, [s.l.], v. 14, n. 5, p. 5-27, 2009.

NEME, Mário. História da fundação de Piracicaba. Piracicaba (SP): IHGP, 2009 [1974]

NEME, Mário. Notas de revisão da história de São Paulo. São Paulo: Anhambi, 1959.

NESI, Jeanne. Pelourinho da cidade de Natal. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Natal, v. 87, p. 231-232, 1994/1996.

O JUIZ Lauro Pinto contra o pelourinho. Diário de Natal, Natal, dez. 1949.

PARRON, Tâmis Peixoto. A política da escravidão no Império do Brasil (1826-1865). Dissertação de mestrado, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 2009. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-04022010-112116/pt-br.php: Acesso em: fev. 2021.

PATTERSON, Orlando. Escravidão e morte social: um estudo comparativo. São Paulo: Edusp, 2008.

PELOURINHO. Pharol, [s.l.], set. 1890.

PELOURINHO por terra. A República, [s.l.], p. 2, ago. 1896.

PROVIMENTOS e instrucções do Ouvidor de Porto Seguro. [S.l.]: AHU/ACL/CU-005, [s.d.]. cx. 43, doc. 7975.

REIS, Nestor Goulart. Evolução urbana do Brasil 1500/1720. São Paulo: Pini, 2000.

REVISTA Commercial, [s.l.], p. 3, jan. 1851.

RIBEIRO, Isa Paula Zacarias. As praças de cultura no governo Djalma Maranhão (1960-1964). Dissertação de mestrado, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/16924. Acesso em: maio 2021.

RIBEIRO FILHO, Annibal. O Pelourinho de Paranaguá. Texto datilografado. [S.l.]: Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá - IHGP, 1977. p. 1-15.

RODRIGUES, José Mendes da Costa. O poleirinho. Blumenau em Cadernos, Blumenau, p. 156, 1973.

ROSA, Antonio Amaro. Os pelourinhos portugueses. Lisboa: Caleidoscópio, 2015.

SALEMA, Vasco da Costa. Pelourinhos do Brasil. Lisboa: Sociedade Histórica da Independência de Portugal, 1992.

SALVADOR, Frei Vicente de. História do Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 1954 [1889].

SANTOS, João Brígido dos. Ceará: homens e fatos. Rio de Janeiro: Tipographia Renard, 1919.

SANTOS, Joaquim Felício dos. Memórias do distrito diamantino. Revista do Arquivo Público Mineiro, [s.l.], n. 14, p. 625-787, 1909. Disponível em: http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/rapm/brtacervo.php?cid=470&op=1 Acesso em: jun. 2021.

SANTOS, Luis Gonçalves dos. Memórias para servir à história do Reino do Brasil. Brasília: Senado Federal, 2013 [1825]. Disponível em http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/539477. Acesso em: fev. 2021.

SANTOS, Marileide Lopes dos. Instrução e administração camarária em Sabará/MG (1828-1889): vereadores em campos de batalha nas Minas Gerais oitocentistas. Tese de doutorado, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, 2014. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUBD-ACAHFA. Acesso em: mar. 2021.

SAYERS, Raymond. O negro na literatura brasileira. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1958.

SESSÃO de 12 jun. 1826. Annaes do Parlamento Brasileiro, t. II, 1874, 115.

SILVA, Dário Augusto Ferreira da. Memória sobre o Serro antigo. Curitiba: Appris Editora, 2020 [1928].

SILVA, Pedro Celestino da. A Cachoeira e seu munícipio. Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, [s.l.], v. 63, p. 75-197, 1937.

SILVA JÙNIOR, Acioli Gonçalves. Educação patrimonial, história local e ensino de história: uma proposta para o trabalho docente. Dissertação de mestrado, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, 2016.

SLENES, Robert. As provações de um Abraão africano: a nascente nação brasileira na Viagem alegórica de Johann Moritz Rugendas. Revista de História da Arte e da Arqueologia, [s.l.], n. 2, p. 271-294, 1996.

STUMPF, Lúcia Klück. A instituição da Câmara Municipal de São Paulo. In: PARREIRAS, Antônio; MOLINO, Denis (org.). Uma pintura de (muita) história: acervo artístico da Câmara Municipal de São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial, 2016. p. 26-32.

VANSINA, Jan. Oral tradition as history. London: James Currey, 1985

VARHAGEN, Francisco Adolpho de. História geral do Brasil. São Paulo/Belo Horizonte: Edusp/Itatiaia, 1981[1854] 3 v.

VIANA, Hélder do Nascimento. A construção do espaço cívico: monumentos e rituais de memória na Natal republicana (1902-1922). Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, [s.l.], n. 27, p. 1-44, 2019. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/138800. Acesso em: abr. 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-02672019v27e07.

Published

2022-07-13

Issue

Section

Memória e História

How to Cite

ANDRADE, Francisco. From symbols of oppression to marks of freedom: the preservation of brazilian colonial pillories and the silencing of slavery’s memory (XVI-XXth centuries). Revista de História, São Paulo, n. 181, p. 1–37, 2022. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2022.188402. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/188402.. Acesso em: 19 may. 2024.

Funding data