Esporte, cultura e política: a trajetória dos Gay Games nas práticas esportivas contemporâneas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i108p97-114Palavras-chave:
Gay Games, história, esportes, experiência etnográfica, antropologia.Resumo
Os Jogos Olímpicos Gays foram criados em 1982 nos Estados Unidos, com a finalidade de agregar praticantes esportivos que não se filiavam aos ditames da heterossexualidade compulsória. Reunindo gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e outros (inclusive heterossexuais), tais jogos ocorrem quadrienalmente há mais de trinta anos e trazem ao debate as identidades sexuais e de gênero no contexto de práticas esportivas, que, em geral, são discriminatórias e homofóbicas. O intuito deste capítulo é tecer considerações antropológicas sobre tal evento, bem como resgatar experiências etnográficas específicas do pesquisador em três edições internacionais dos Gay Games, com o objetivo de discutir representações de gênero e sexualidade nos esportes.
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