Categorias raciais e gêneros musicais gravados no Rio de Janeiro dos anos 1930 e 1940
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i87p134-143Palavras-chave:
samba, mestiçagem, música afro-brasileiraResumo
O samba, tal como se desenvolveu no Rio de Janeiro a partir do final dos anos 1920, veio a ser o emblema sonoro de uma concepção de "cultura brasileira" em que a valorização positiva da ideia de "mestiçagem" desempenhou grande papel. Por isso, as relações do samba com a ideia de "raça" foram permeadas pela ambiguidade. O reconhecimento do gênero como expressão "afro-brasileira", sem deixar de estar presente, foi como subsumido por sua capacidade de traduzir em música um Brasil pensado como constitutivamente híbrido. No início do século XXI, a expressão de visões alternativas da "questão racial" no país leva alguns a reconsiderar suas relações para com a herança do samba carioca no que se refere a esse ponto fundamental. O estudo de alguns gêneros musicais pouco conhecidos, gravados no Rio de Janeiro nos anos 1930 e 1940, como "macumba", "jongo" e "batuque", ajuda a rediscutir as relações entre samba, "raças" e as imagens do "mestiço" na música popular.
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