Sobrenomes não nascem em árvores
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i138p77-89Palavras-chave:
sobrenomes de cristãos- novos, linguística textual, referenciação, categorizaçãoResumo
O objetivo deste estudo é oferecer uma explicação linguística para o fenômeno dos sobrenomes de cristãos-novos, evidenciando que o vínculo é arbitrário e que os sobrenomes não projetam sentidos, semanticamente. A partir da seleção de documentos oficiais emitidos pela Igreja Católica que registraram transações financeiras entre católicos e judeus, entre os séculos XII e XV, e de registros inquisitoriais de denúncias contra os cristãos-novos no Brasil do século XVIII, foram analisados os processos de (re)construção e (re)categorização dos referentes nos textos, identificando marcas da (re)categorização incorporadas nos sobrenomes e o desaparecimento dessas em função da instabilidade discursivo-textual.
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