Metacinema e educação do olhar: entre os imaginários da ilusão e da disrupção
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i145p41-56Palavras-chave:
Cinema e educação, Metacinema, Educação do olhar, Experiência estética, HermenêuticaResumo
O objetivo deste artigo é estudar a relação entre metacinema e educação do olhar, investigando como o cinema é concebido, representado e imaginado cinematograficamente. Os filmes pesquisados foram agrupados em temas e justificados a partir da predominância de suas características cinematográficas como ilusórios, disruptivos e híbridos. A metodologia pautou-se por uma abordagem hermenêutica, em conexão com o perspectivismo nietzschiano, e considerou as contribuições teóricas advindas do campo do cinema, da filosofia e da interface entre cinema e educação. Os resultados da pesquisa, ao mostrar como o cinema se concebe ficcionalmente, possibilitaram uma reflexão sobre as potencialidades da experiência estética na educação do olhar, tendo em vista os estudos sobre cinema e educação.
Downloads
Referências
ALMEIDA, R. de. “Cinema e educação: fundamentos e perspectivas”. Educação em Revista, v. 33, 2017. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/edur/v33/1982-6621-edur-33-e153836.pdf.
ALMEIDA, R. de. “Hermenêutica e processos formativos: elementos para uma pedagogia da escolha”. Revista Portuguesa de Educação, v. 37, n. 2, [S. I.], 2024a, e24038.
ALMEIDA, R. de. “O cinema entre o real e o imaginário”. Revista USP, n. 125. São Paulo, 2020, pp. 89-98.
ALMEIDA, R. de. Cinema, imaginário e educação: os fundamentos educativos do cinema.São Paulo, FEA-USP, 2024b.
AMORIM, A. C. R. “I-margem, ou os modos de germinar um sem fundo para a educação”. Revista Brasileira de Educação, v. 29, 2024, e290068. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/MFm5Yrrrg7ZKvpMrPVP4B8g/.
ARISTÓTELES. Poética. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2003.
AUMONT, J. et al. A estética do filme. Campinas, Papirus, 2002.
AZEVEDO, A. L. F.; GRAMMONT, M. J.; TEIXEIRA, I. A. de C. “‘Me ajuda a olhar!’: o cinema na formação de professores”. Educação em Foco, v. 17, n. 24. [S. l.], 2014, pp. 123-43.
BERGALA, A. A hipótese-cinema: pequeno tratado de transmiss ão do cinema dentro e fora da escola. Rio de Janeiro, UFRJ, 2008.
BORDWELL, D. La narració n en el cine de ficció n. Barcelona/Buenos Aires/México, Paidós, 1996.
BORDWELL, D.; THOMPSON, K. A arte do cinema: uma introdução. São Paulo, Edusp, 2021.
CARMO, L. “O cinema do feitiço contra o feiticeiro”. Revista Ibero-Americana de Educação, n. 32. 2003, pp. 71-94.
CASSIRER, E. Ensaio sobre o homem: introdução a uma filosofia da cultura humana. São Paulo, Martins Fontes, 1994.
CORRIGAN, T.; WHITE, P. The film experience: an introduction. Nova York, Bedford/St. Martin’s, 2018.
DUARTE, R. Cinema & educação. Belo Horizonte, Autêntica, 2002.
DURAND, G. A imaginação simbó lica. São Paulo, Cultrix/Edusp, 1988.
DURAND, G. Estruturas antropoló gicas do imaginário. São Paulo, Martins Fontes, 1997.
ÉSQUILO. Oréstia: Agamênon, Coéforas, Eumênides. Rio de Janeiro, Zahar, 2003.
FRESQUET, A. Cinema e educação: reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola. Belo Horizonte, Autêntica, 2013.
GIACOIA JR., O. “Filosofia da cultura e escrita da história: notas sobre as relações entre os projetos de uma genealogia da cultura em Foucault e Nietzsche”. Estudos Nietzsche, v. 5, n. 1. 2014, pp. 3-24.
LARROSA, J. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte, Autêntica, 2014.
MARCELLO, F. de A.; FISCHER, R. M. B. “Tópicos para pensar a pesquisa em cinema e educação”. Educação e Realidade, v. 36, n. 2. Porto Alegre, 2011, pp. 505-19.
NAPOLITANO, M. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo, Contexto, 2003.
NIETZSCHE, F. Fragmentos finais. Brasília/São Paulo, Editora Universidade de Brasília/Imprensa Oficial do Estado, 2002.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo, Companhia das Letras, 1998.
OLIVEIRA JR., W. M. de. “Reparar (n)o lugar através do cinema: como fazer do lugar-escola uma floresta?” Punto Sur, 9. jul.-dez/2023. Disponível em: http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/RPS/article/view/12646/12083.
PRUDENTE, C. L. “A imagem de afirmação positiva do ibero-ásio-afro-ameríndio na dimensão pedagógica do Cinema Negro”. Educação e Pesquisa, v. 47. [S. l.], 2021, p. e237096.
ROSSET, C. A anti-natureza: elementos para uma filosofia trágica. Rio de Janeiro, Espaço e Tempo, 1989c.
ROSSET, C. A ló gica do pior: elementos para uma filosofia trágica. Rio de Janeiro, Espaço e Tempo, 1989b.
ROSSET, C. Fantasmagories – Suivi de Le réel, L’imaginaire et L’illusorie. Paris, Les Éditions de Minuit, 2006.
ROSSET, C. Le réel: traité de l'idiotie. Paris, Les Éditions de Minuit, 2004.
ROSSET, C. O real e seu duplo: ensaio sobre a ilusão. Rio de Janeiro, José Olympio, 2008.
ROSSET, C. O princípio de crueldade. Rio de Janeiro, Rocco, 1989a.
SMITH, M. “A espectatorialidade cinematográfica e a instituição da ficção”, in F. Ramos (org.). Teoria contemporânea do cinema. V. 1. São Paulo, Senac, 2005.
STAM, R. Reflexivity in film and literature: from Don Quixote to Jean-Luc Godard. Nova York, Columbia University Press, 1992.
STEINER, G. Gramáticas da criação. São Paulo, Globo, 2003.
XAVIER, I. “Um cinema que ‘educa’ é um cinema que (nos) faz pensar”. Entrevista para a Revista Educação e Realidade, 33(1), 2008, pp. 13-20. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3172/317227051003.pdf.
XAVIER, I. O discurso cinematográfico: opacidade e transparência. São Paulo, Paz e Terra, 2005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista USP

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
|
Pertence à revista. Uma vez publicado o artigo, os direitos passam a ser da revista, sendo proibida a reprodução e a inclusão de trechos sem a permissão do editor. |